Os juros cobrados na modalidade rotativo do cartão de crédito tiveram queda de 6,9% entre dezembro e janeiro. O valor médio passou de 334,8% a 327,9%, segundo dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira. Esse tipo de taxa é a cobrada quando as dívidas na fatura não são quitadas no vencimento.
A taxa média de juros cobrados das pessoas físicas em todas as modalidades dos chamados recursos livres subiu, de 55,1% para 55,8% no período. A conta exclui linhas de crédito com uso direcionado por lei, como financiamento habitacional, por exemplo.
Em relação ao cheque especial, os valores médios subiram 1,7% no período, passando de 323,0 para 324,7% ao ano. Essa modalidade e o cartão são as que cobram as maiores taxas de juros dentre as disponíveis aos consumidores.
Apesar da baixa no juro total do rotativo, a taxa “regular” – quando há pagamento de ao menos 15% da fatura – subiu 7,1%, a 241%. As taxas para as demais situações (“não regular”), caiu de 401,7% para 387,1% ao ano.
Os juros do rotativo acumulam queda de 169,8% em doze meses. Desde abril, as instituições financeiras só podem manter os clientes nessa forma de financiamento por até um mês após o vencimento da fatura.
Analistas do mercado financeiro estimam que a expansão do crédito neste ano, por fatores como aumento do emprego formal, impulsionará o consumo das famílias.