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Bancos brasileiros passam em teste de estresse do BC

Por Fernando Nakagawa e Célia Froufe Brasília – Bancos brasileiros estão mais fortes que em 2008 e não representam risco mesmo com o agravamento da crise externa. A avaliação foi feita pelo Banco Central após submeter instituições financeiras a situações críticas em um chamado “teste de estresse”. Um dos motivos para essa tranquilidade da instituição […]

Por Da Redação
21 set 2011, 09h00
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  • Por Fernando Nakagawa e Célia Froufe

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    Brasília – Bancos brasileiros estão mais fortes que em 2008 e não representam risco mesmo com o agravamento da crise externa. A avaliação foi feita pelo Banco Central após submeter instituições financeiras a situações críticas em um chamado “teste de estresse”. Um dos motivos para essa tranquilidade da instituição é que o sistema bancário nacional tem exposição “desprezível” aos títulos de países que têm enfrentado maiores dificuldades, como a Grécia.

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    O resultado do teste de estresse foi comemorado pelo Banco Central porque em todos os cenários analisados, inclusive naqueles mais pessimistas, as instituições financeiras passariam sem problemas e os indicadores mais importantes de um banco – o capital e a capacidade de pagar – seguiriam dentro do exigido pelo Banco Central.

    A resistência de um banco às situações de estresse é calculada com base em vários aspectos, em especial com o chamado Índice de Basileia – indicador que mede a relação entre o capital do banco e o volume de recursos emprestados por essa instituição. Em julho, o sistema financeiro estava com esse índice em 16,9%.

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    O número indica que os bancos tinham R$ 16,90 de capital para cada R$ 100 emprestados. Em dezembro de 2010, a proporção era maior: de 17,1%. O mínimo exigido pelo Banco Central é que haja R$ 11 de capital para cada R$ 100 emprestados. Assim, quanto mais próximo de 11%, menos espaço o banco tem para realizar novos financiamentos.

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    No teste de estresse, o BC observa a evolução desse dado em situações extremas com o juro, inadimplência e câmbio, entre outros aspectos. Se a taxa Selic, por exemplo, saltasse para 46% ao ano – atualmente é 12% – o conjunto de bancos com Índice de Basileia abaixo do mínimo seria o correspondente a 6% do mercado. Já se o juro caísse para um improvável 1%, o total das instituições que não se enquadrariam é pouco superior a 11%. Mesmo assim, ressalta o BC, “apenas uma instituição de baixa representatividade ficaria insolvente”.

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    “Nossos testes de estresse apresentam-se bem, de forma bastante satisfatória e até melhores do que 2008, para enfrentar qualquer cenário”, resumiu o diretor de fiscalização do BC, Anthero Meirelles. Ele ressaltou que é “desprezível” a exposição de brasileiros aos países que “eventualmente possam estar em xeque”.

    Meirelles aproveitou para rechaçar a leitura de que bancos de médio porte estariam enfrentando problemas nas últimas semanas. Segundo ele, casos recentes – como a compra do Banco Matone pelo JBS, aquisição do Schahin pelo Itaú e as intervenções no Banco Morada e na Oboé Financeira – não representam problema do setor e são fruto exclusivamente de uma fragilidade individual de cada instituição. “Foram problemas em temas como rentabilidade e sustentabilidade”, disse Meirelles.

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    O diretor observou que esses casos recentes não surpreenderam o Banco Central porque o mercado bancário passa por grande mudança estrutural desde a crise de 2008. “Depois de mudanças tão significativas nessa crise, não é surpresa que algumas instituições estivessem em alguma situação com fragilidade”, disse o diretor.

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