O Banco Central anunciou que irá dar continuidade à sua atuação no mercado de câmbio por meio de leilões de swap cambial (venda de dólares para conter a oscilação da moeda) na próxima semana e também que fará um leilão de linha, venda de dólares com compromisso de recompra.
Diferentemente dos outros dois anúncios anteriores, quando informou o volume que pretendia injetar no mercado na semana, desta vez a autoridade não informou o volume da atuação. O BC apenas informou que vai ofertar 3 bilhões de dólares em leilão de linha.
“O BC continuará ofertando contratos de swap cambial na próxima semana, de acordo com as condições de mercado, para prover liquidez e contribuir para o bom funcionamento do mercado de câmbio”, informou a autoridade monetária por meio de nota, repetindo que “não vê restrições para que o estoque de swaps cambiais exceda consideravelmente os volumes máximos atingidos no passado”.
O BC reafirmou ainda que continuará a atuar em conjunto com o Tesouro Nacional para prover liquidez e contribuir para o bom funcionamento do mercado. Desde 14 de maio, quando começou a fazer leilões de novos swaps cambiais tradicionais, o BC já colocou o equivalente a 43,616 bilhões de dólares no mercado.
A autoridade monetária começou com atuações mais tímidas, mas teve de reforça-la no começo desse mês, já que o nervosismo dos investidores com a indefinição das eleições presidenciais e o risco fiscal fez a moeda americana subir até se aproximar de 4 reais.
De 7 a 15 de junho, o BC colocou o maior volume de swaps, 24,5 bilhões de dólares e, do dia 18 até essa sexta-feira, dia 22, foram 5 bilhões, embora a autoridade tivesse previsto que injetaria 10 bilhões de dólares.