O ministro das comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira que está satisfeito com o processo de implementação em curso do 4G e aposta em forte adesão do consumidor. De acordo com Bernardo, a base de assinantes poderá superar os 4 milhões de usuários até o fim do ano. O número havia sido projetado pelo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende. “Aposto um jantar com o Rezende que será maior”, disse Bernardo durante cerimônia de lançamento do 4G da Vivo.
O ministro das Comunicações destacou que os preços dos planos estão próximos aos oferecidos pelo 3G. “Isso vai derrubar um mito de que os preços serão inacessíveis.” Bernardo avaliou que o leilão do 4G na faixa de 2,5 GHz, foi bem estruturado, sem priorizar arrecadação, mas obrigações de cobertura.
O presidente da Anatel disse também que o Brasil é um dos pioneiros do setor. “O Brasil está na vanguarda (mundial) no setor de telecom, à frente de outros países mais desenvolvidos em termos de tecnologia.” Rezende ressaltou que a meta inicial de cobertura é de 50% da área urbana das cidades. De acordo com ele, a instalação do 4G está aquecendo o setor em termos de investimentos para a estruturação das redes e dos serviços no país. Rezende destacou ainda que o serviço está começando em São Paulo, que estava fora do cronograma inicial. “Espero que outras cidades tenham sua cobertura antecipada”, brincou.
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Parceria – Também nesta terça-feira, o presidente da Telefônica Vivo, Antonio Carlos Valente, disse que ainda não fechou o contrato de compartilhamento das redes de 4G com a Claro. “Estamos trabalhando no processo e nas metodologias para, futuramente, assinar os contratos. Ainda estamos trabalhando no contrato”, disse.
Segundo ele, a Vivo vai disponibilizar aos seus clientes no site a área de cobertura 4G. Christian Gebara, diretor de estratégias e novos negócios da empresa, acrescentou que onde o cliente não for atendido pelo 4G será conectado via tecnologia imediatamente anterior, a de 3G plus.
O início das operações do 4G da Vivo se dará com a utilização de 1.234 antenas que rodam com 3G. Segundo a empresa, além da sinergia na infraestrutura, 4G e 3G têm complementaridade operacional, já que a tecnologia é destinada ao tráfego de dados. Para a voz, os aparelhos serão automaticamente comutados para a rede 3G.
A Ericsson vai fazer o fornecimento e implementação da rede 4G nas regiões norte e centro-oeste, além de São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Já em Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro a tarefa ficará por conta da Huawei.
(com Estadão Conteúdo)