Apesar da elevação de alguns impostos promovidos pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff no início do ano, a arrecadação do governo federal com tributos e contribuições voltou cair em maio, somando 91,5 bilhões de reais. O valor representa uma queda de 4,03% em relação ao mesmo mês do ano passado e é o resultado mais baixo para maio desde 2010, quando chegou a 86,11 bilhões de reais. Com relação a abril, o resultado traz uma redução de 15,59% na arrecadação.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Receita Federal.
O montante veio abaixo do esperado por analistas de mercado. Segundo consulta feita pela Agência Estado com 14 instituições financeiras, o mercado projetava uma arrecadação em um intervalo entre 89 bilhões e 97,9 bilhões de reais, sendo a mediana de 93,75 bilhões de reais.
No acumulado dos cinco primeiros meses, a arrecadação somou 510,11 bilhões de reais, o que corresponde a uma queda de 2,95% em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre janeiro e maio, a arrecadação com Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPF) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) teve queda real de 7,44%. Estes dois impostos são os que incidem sobre o lucro das empresas. O total arrecadado no período foi de 90,93 bilhões de reais.
Também entre janeiro e maio, o governo deixou de arrecadar 47,13 bilhões de reais por causa das desonerações, um aumento de 18,24% em relação ao mesmo período de 2014. Em maio, as desonerações concedidas pelo governo totalizaram 8,83 bilhões de reais, uma renúncia fiscal 8,97% maior que no mesmo mês de 2014 (8,11 bilhões de reais). A desoneração de folha de pagamento foi de 1,86 bilhão de reais em maio, e de 9,33 bilhões de reais nos cinco primeiros meses do ano.
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(Da redação)