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Argentina deve ser mais ‘amiga’ dos investidores, diz UE

UE e EUA já denunciaram o governo Kirchner à OMC devido ao excesso de medidas protecionistas

Por Da Redação
26 jun 2012, 18h30
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  • A União Europeia (UE) pediu nesta terça-feira que a Argentina corrija suas políticas comerciais “pouco amigáveis” com os investidores, pois estas prejudicam as negociações dos europeus com o Mercosul. Há muita preocupação com a decisão da Argentina de “aprovar políticas comerciais não muito amigáveis, que tiveram um forte impacto tanto em nós europeus, como em países como Brasil e Uruguai”, advertiu João Aguiar Machado, diretor-geral adjunto de Comércio comunitário e líder da equipe negociadora europeia com o Mercosul.

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    “Estas políticas não levam a lugar algum”, criticou Aguiar Machado. “Entorpecem tanto nossas negociações com o Mercosul como as negociações que são realizadas dentro do bloco sul-americano”, afirmou.

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    A UE e os Estados Unidos denunciaram o governo de Cristina Kirchner pelas barreiras protecionistas erguidas, segundo a presidente argentina, para defender “o emprego e a produção” de seu país. Em 25 de maio, a UE denunciou a Argentina na OMC pelas “restrições” às importações que provocam um “dano real” à economia europeia, e convidou outros países a se unirem a esta cruzada.

    Contudo, Aguiar assegurou que a UE tentará alcançar o quanto antes um acordo com o Mercosul e com todos os países que o integram, ao afirmar que no momento não está prevista a possibilidade de excluir a Argentina. “O Mercosul é para a UE o prêmio mais importante; seria o acordo comercial de maior sucesso (dos que realizei na região), mas também foi até agora o que nos deu mais trabalho”, disse Aguiar Machado.

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    “Contamos com o Brasil, que assume a presidência temporária do bloco, para que dê um impulso às negociações”. “O Brasil é o único que pode impulsioná-las”, declarou. Também rejeitou a possibilidade de acordos bilaterais, como poderia ser o caso de um acordo com o Brasil, afirmou.

    A Argentina tem como objetivo controlar o fluxo de importações para seu território, como forma de proteger seu superávit comercial, principal fonte de moedas do país, cujo acesso aos mercados de crédito internacionais são limitados desde o default de 2001.

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    A Argentina também criou polêmica com os europeus ao anunciar a expropriação de 51% da companhia petrolífera YPF, filial da espanhola Repsol. As medidas argentinas, que incluem, entre outras coisas, declarações juramentadas de importação que atrasam a entrada de produtos, têm causado tensões com seus parceiros do Mercosul.

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    Apesar deste caso particular, o funcionário reconheceu que o investimento europeu na América Latina cresceu “extraordinariamente” e até manteve o ritmo, apesar da crise da dívida. “O investimento da UE na América Latina tem crescido dramaticamente nos últimos anos para se tornar o primeiro investidor na região”, disse Aguiar Machado.

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    De acordo com o último relatório da Cepal, o investimento estrangeiro direto (IED) na América Latina e no Caribe em 2011 atingiu o recorde de 153,448 bilhões de dólares, impulsionado pelo dinamismo dos mercados domésticos e do preço elevado dos recursos naturais.

    Quanto à origem do investimento, 39% vieram de empresas da UE, especialmente da Espanha, que foi responsável por 14% do total de IED na região.

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    (Com EFE)

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