Os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) encerraram nesta quarta-feira uma greve que durava 79 dias, informação que foi confirmada pelo instituto ao site de VEJA. Cerca de 10.500 funcionários, entre efetivos e temporários, devem retornar ao trabalho nesta quarta, após 25 Estados aprovarem o fim da paralisação em assembleias realizadas na véspera. Roraima e Maranhão apoiaram a decisão ainda na segunda-feira.
Após a segunda divulgação incompleta da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em 24 de julho, ocorrida por causa da falta de coleta de dados em duas das seis regiões metropolitanas analisadas, o IBGE sinalizou que quer negociar o fim da greve. Na ocasião, a diretora da executiva nacional do Assibge-SN, Ana Magni, disse que o principal obstáculo para a volta ao trabalho era a demissão de quase 200 funcionários temporários. O IBGE promove neste início da tarde uma coletiva de imprensa para dar detalhes sobre o acordo com os servidores.
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Os dados mais recentes mostram que o quadro de funcionários do IBGE é composto por aproximadamente 5.900 efetivos e 4.339 temporários. Segundo a associação, as condições dos temporários são precárias, já que eles ganham pouco mais de um salário mínimo, não têm carteira assinada, nem FGTS. “Eles são responsáveis por uma parte importante das pesquisas, que é a coleta dos dados”, disse Ana Magni.
A greve dos servidores do IBGE foi deflagrada em 24 de maio. Os funcionários reivindicavam a valorização salarial ao patamar de outros órgãos de gestão, como Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários, além de realização de concurso público. O sindicato também pedia a saída de Wasmália e de todo o conselho diretivo do instituto.