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Apagão gigante põe em dúvida ambição indiana de se tornar superpotência

O apagão gigante que, nesta terça-feira, deixou metade da população da Índia sem eletricidade, evidenciou a carência de infraestrutura elétrica do país e a necessidade de se encontrar novas fontes de fornecimento na nação emergente, que sonha em ser uma superpotência. O superapagão, que começou às 13H00 horas local (07H30 GMT; 04H30 de Brasília) de […]

Por Da Redação
1 ago 2012, 16h19
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  • O apagão gigante que, nesta terça-feira, deixou metade da população da Índia sem eletricidade, evidenciou a carência de infraestrutura elétrica do país e a necessidade de se encontrar novas fontes de fornecimento na nação emergente, que sonha em ser uma superpotência.

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    O superapagão, que começou às 13H00 horas local (07H30 GMT; 04H30 de Brasília) de terça-feira e foi resolvido definitivamente nesta quarta-feira pela manhã, afetou cerca de 600 milhões de pessoas em grande parte do território, desde a fronteira com o Paquistão até o nordeste, próximo à fronteira chinesa, incluindo a capital, Nova Délhi, e as cidades de Calcutá e Lucknow.

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    Na segunda-feira, um primeiro apagão já havia afetado 300 milhões de habitantes.

    Segundo as autoridades, estes dois apagões em pleno verão foram provocados por vários estados que rebaixaram o limite de fornecimento autorizado em suas redes elétricas e desencadearam um efeito dominó.

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    Na Índia, onde a eletricidade provém principalmente do carvão, os apagões são muito frequentes e nas horas de pico a oferta é 12% inferior à demanda, segundo dados do governo.

    O grupo público Coal India não tem capacidade para responder a demanda por falta de combustível e de tecnologia moderna, enquanto espera as autorizações para construir novas centrais.

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    As autoridades têm planos de construção de centrais nucleares, para que a porcentagem de energia nuclear na produção elétrica passe dos 3% atuais para 25% até 2050. Contudo, empresários e analistas dizem que são necessárias reformas urgentes.

    “É fundamental que nossas infraestruturas de base” correspondam às aspirações dos agentes econômicos do país, diz o diretor-geral da Confederação Indiana da Indústria, Chandrajit Banerjee.

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    Segundo os analistas, a Índia tem que garantir que as comissões locais de eletricidade de cada estado respeitem suas cotas de consumo ao mesmo tempo em que melhora a rede de distribuição para evitar situações de crise.

    Ainda existe um sistema de sanções para quem ultrapassa o máximo autorizado, mas as multas custam menos que comprar energia no mercado livre e os estados não duvidam em superar o máximo permitido. Por isso, o estado central teria que aumentar o preço da energia no mercado regulado, segundo os analistas.

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    Os frequentes roubos de energia e as conexões não autorizadas à rede são também um problema muito frequente, que só poderia ser resolvido com importantes investimentos.

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    Contudo, todas estas medidas aumentariam o preço da eletricidade para o consumidor final, uma decisão que exige vontade política por parte de um governo que já enfrenta o descontentamento popular por causa da forte inflação.

    Segundo Seema Desai, uma analista do grupo de pesquisa Eurasia Group, com todas essas medidas a fatura da luz poderia aumentar até 40% em alguns estados.

    O apagão gigante voltou a ocupar nesta quarta-feira as páginas da imprensa indiana, que destacava que o orgulho nacional foi ferido.

    “Índia superpotência. Descanse em paz”, dizia a manchete do The Economic, que considera que a imagem da Índia como centro de alta tecnologia recebeu um duro golpe.

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