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Anfavea: Argentina sente impacto de medidas internas

Por Anne Warth e Wladimir D’Andrade São Paulo – O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, admitiu que as novas medidas adotadas pela Argentina desde 1º de fevereiro para dificultar a entrada de importações prejudicaram empresas do setor automotivo. Algumas montadoras deixaram de receber peças produzidas no Brasil, necessárias […]

Por Da Redação
6 fev 2012, 13h17
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  • Por Anne Warth e Wladimir D’Andrade

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    São Paulo – O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, admitiu que as novas medidas adotadas pela Argentina desde 1º de fevereiro para dificultar a entrada de importações prejudicaram empresas do setor automotivo. Algumas montadoras deixaram de receber peças produzidas no Brasil, necessárias à produção de veículos na Argentina. Outras, segundo ele, tiveram carros retidos nos portos. “Com a exigência de licenças por parte da Argentina, empresas têm tido dificuldades na produção. Algumas não estavam preparadas. O setor sente os carros presos nos portos”, afirmou.

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    Mas, segundo ele, a medida não deve ter impactos significativos sobre a produção e as vendas do setor no médio prazo. Na avaliação de Belini, trata-se de uma questão de tempo para que as empresas se adaptem às novas medidas. “É um período transitório de ajustes”, disse. Belini afirmou que a Anfavea mantém contato permanente com a Adefa, que representa as montadoras na Argentina. Segundo ele, esse é um dos motivos pelos quais a Anfavea não participou da missão empresarial comandada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que esteve em Buenos Aires, na semana passada, para discutir as novas imposições argentinas às importações. “Essas questões (novas medidas da Argentina) só podem ser resolvidas a nível de governo.”

    Belini disse ser normal que os países queiram rever acordos comerciais, principalmente em períodos de crise. “Todos os países procuram proteger neste momento sua balança comercial”, afirmou. É o caso da Argentina, que quer elevar sua produção. Por outro lado, lembrou Belini, o Brasil também quer rever o acordo automotivo com o México, justamente para elevar sua produção.

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    Segundo o executivo, o Brasil teve em 2011 um superávit no setor com a Argentina, de US$ 3,1 bilhões. Já com o México, o País teve um déficit de US$ 700 milhões. Ele defendeu que esses acordos sejam vistos como um conjunto, e não individualmente. “O governo está preocupado com o déficit na relação com o México. Mas, quando pegamos a balança brasileira e comparamos com Argentina e México juntos, o saldo é positivo para nós em US$ 2,4 bilhões”, disse.

    De acordo com Belini, o déficit setorial com o México é sazonal. “O acordo é bom e importante para nosso País. Tivemos períodos bons para o Brasil, e agora estamos em um período ruim, mas, na média, o acordo tem sido bom para o Brasil”, afirmou. “O rompimento seria o pior caminho possível.”

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    Belini também defendeu que o acordo com o México seja ampliado para outros setores, além do automotivo. Para ele, essa seria uma forma de manter o acordo e facilitar sua renovação. “Temos 14 meses para estabelecer mudanças no acordo”, disse. “O Brasil tem poucos acordos bilaterais, apenas com México e Mercosul. Já o México tem 90 acordos desse tipo. É uma grande oportunidade para o Brasil ampliar esses acordos para setores em que é competitivo.”

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