Os cinco consórcios que apresentaram documentos para inscrição no leilão dos aeroportos do Galeão, no Rio, e Confins, em Belo Horizonte, foram habilitados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a participar da disputa. Foram analisados documentos como garantias de propostas, documentos de representação e outras informações preliminares sobre a composição do consórcio. Os documentos foram examinados pela Comissão Especial de Licitação da Anac, responsável pelo acompanhamento do leilão.
Participam da disputa, portanto, o grupo Odebrecht em parceria com o operador do aeroporto de Cingapura, Changi; a CCR, com os operadores Flughafen Zurich AG, do aeroporto de Zurique (Suíça), e Flughafen München GmbH, de Munique (Alemanha); EcoRodovias, Invepar e a Fraport, operadora do aeroporto de Frankfurt; Queiroz Galvão, com a Ferrovial, do aeroporto de Heathrow, em Londres; e a Carioca Engenharia, com GP Investimentos e as operadoras ADP (Paris) e Schipol (Amsterdã).
Os documentos prévios apresentados pelos consórcios vencedores serão abertos para consulta pública na segunda-feira. O leilão será realizado nesta sexta-feira às 10 horas, na sede da BM&FBovespa, em São Paulo.
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No ano passado, a presidente Dilma ficou insatisfeita, para dizer o mínimo, com o fato de as grandes operadoras aeroportuárias terem ficado de fora dos consórcios vencedores. Viracopos, visto pela presidente como o de maior potencial do país, será operado pela francesa Égis, cujo maior aeroporto sob gestão é o de Chipre, na Europa.
A própria ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reconheceu nessa segunda que o leilão se mostrou mais atrativo que o de rodovias, ocorrido em setembro, que o governo brasileiro está otimista com o leilão dos aeroportos de Galeão e Confins, e avalia que as concessões dos terminais são ainda mais atrativas do que as de rodovias.
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O governo marcou os próximos leilões de rodovias federais para depois da disputa pelos aeroportos, segundo a ministra, justamente porque muitos dos grupos que atuam nas concessões de estradas também vão participar da concorrência pelos aeroportos em sociedade com operadores estrangeiros. Em entrevista à Reuters, Gleisi admitiu que o aeroporto do Galeão deve despertar mais interesse, mas salientou que também haverá disputa por Confins. “Ambos os aeroportos terão competidores. São estratégicos e importantes para o país e tenho certeza de que darão um bom retorno para quem os administrar”, disse a ministra.
Mapa das privatizações de rodovias, portos e aeroportos em 2013