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Americanas tem prejuízo de R$ 2,27 bilhões em 2023

Balanço da empresa mostra uma redução de 42% nas vendas no ano passado, ano em que foi descoberto o escândalo fiscal e a companhia entrou em RJ

Por Da Redação Atualizado em 15 ago 2024, 12h18 - Publicado em 15 ago 2024, 08h31
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  • CRISE BILIONÁRIA - Lojas Americanas: débitos elevados e pedido de recuperação judicial
    CRISE BILIONÁRIA – Lojas Americanas: débitos elevados e pedido de recuperação judicial (Brenno Carvalho/Agência O Globo/.)

    A Americanas divulgou, no fechamento do mercado na quarta-feira, seu balanço do primeiro semestre deste ano e também os dados de todo ano passado, marcado pelo escândalo contábil e a entrada da companhia em recuperação judicial.

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    A empresa registrou prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão na primeira etapa de 2024. Já em 2023, o prejuízo líquido foi de R$ 2,27 bilhões. No primeiro semestre de 2024, a receita líquida foi de R$ 6,849 bilhões e o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,340 bilhão.

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    “Os últimos 18 meses foram marcados por grandes desafios: a revelação de inconsistências contábeis, que posteriormente foram identificadas como uma complexa fraude de resultados, a Recuperação Judicial e a necessidade de reconstrução da Americanas. Esses eventos impactaram o resultado do período, com queda relevante na receita e contabilização de prejuízos recordes”, disse a companhia no comunicado de anúncio dos resultados.

    Entre 2023 e junho de 2024, a varejista fechou 181 lojas no país e, no fim do primeiro semestre, tinha 1.622 instalações físicas pelo país. De acordo com a varejista, nos primeiros seis meses de 2024, houve crescimento de 19,7% de vendas brutas nas lojas, quando comparada ao mesmo período do ano anterior, com destaque para a Páscoa, com aumento de vendas em relação aos anos de 2023 e 2022. “A companhia registrou receita crescente no varejo físico e expansão da margem bruta, a despeito da redução de lojas e eliminação de produtos de alto valor, como TVs telas grandes, linha branca e informática”, diz a empresa.

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    Já em 2023, houve uma redução de 42% nas vendas.  O destaque foi a queda de 75,7% nas vendas pela internet. Em 2022, quando divulgou perda de R$ 12,9 bilhões, a companhia havia informado que era o maior prejuízo de sua história. Em 2021, a Americanas havia reportado perda de R$ 6,2 bilhões.

    “A fase crítica foi superada, com a adoção de ajustes de curto e médio prazos, mas ainda há muito trabalho a fazer, como a adequação de diferentes sortimentos às demandas dos clientes”, disse empresa Americanas em mensagem aos acionistas.

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    A companhia disse que a geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda, nos primeiros seis meses do ano foi negativo em R$ 240 milhões, mas avançou quase R$ 1,5 bilhão comparado ao primeiro semestre de 2023.

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    A empresa afirmou que após seu momento mais difícil, com a fraude e a entrada do pedido de RJ, dividiu as ações de reestruturação em três blocos: “investigações, recuperação judicial e operações”. Desde o ano passado, a companhia informou ter gasto R$ 671 milhões com as despesas da recuperação judicial e investigação.

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    Escândalo

    Mesmo com a divulgação do balanço e o avanço no processo de recuperação judicial, a ex-diretoria da empresa segue investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF).

    No fim de junho, a PF e o MPF deflagraram a operação Disclosure contra ex-executivos da Americanas. O objetivo era cumprir mandados de prisão contra o ex-CEO da varejista, Miguel Gutierrez, e a ex-diretora Anna Saicali. Ambos estavam no exterior. Gutierrez chegou a ser preso em Madri, mas foi solto no dia seguinte. Já Anna Saicali voltou ao Brasil. Na chegada, ela entregou o passaporte para a PF e teve o pedido de prisão preventiva suspenso.

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    No mês passado, o Comitê de Auditoria Independente concluiu sua investigação interna. Segundo a varejista, as evidências confirmam a existência de fraude contábil, caracterizada, entre outras coisas, por lançamentos indevidos na conta de fornecedores, por meio de contratos fictícios de verbas de propaganda cooperada (VPC), e por operações financeiras conhecidas como “risco sacado”.

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