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América Latina não está mais tão preparada para uma crise

Morgan Stanley aponta desequilíbrios fiscais – com destaque negativo para o Brasil – que deixaram a região muito mais vulnerável às crises do que em 2008

Por Da Redação
22 dez 2010, 09h43
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  • “O consumo parece estar crescendo mais rapidamente que a economia em si. Esse hiato é maior no Brasil”, diz o documento divulgado pelo banco Morgan Stanley neste mês

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    A boa forma apresentada pelos países latino-americanos na crise global parece estar perdendo força. Segundo relatório divulgado pelo banco Morgan Stanley , a região não está mais tão bem preparada para absorver os impactos de uma crise como estava dois anos atrás. Desequilíbrios fiscais de países como Brasil e Argentina mostram-se, na avaliação do banco, mais nocivos do que a redução de crédito externo em 2008, por efeito do abalo financeiro internacional.

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    “Isso é notado no crescente déficit em contas correntes das maiores economias da América Latina. E um país, o Brasil, tem assistido a um salto dramático em suas necessidades de financiamento”, relata o documento. De acordo com o relatório, o Brasil deve enfrentar uma situação de demanda de fluxo de capital para financiar suas necessidades de investimento que não é vista há décadas.

    O estudo também detalha um fenômeno que ocorre em toda a região chamado de “crescimento incompatível”, que significa a falta de equilíbrio entre a demanda e a produção – resultando em uma alta inflacionária. “O consumo parece estar crescendo mais rapidamente que a economia em si. Esse hiato é maior no Brasil, mas também ocorre na Colômbia, e mais levemente no Peru e no Chile”, afirma o documento.

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    Tensões a caminho – O Morgan Stanley alerta para um posicionamento mais austero das autoridades monetárias de países latino-americanos, sobretudo o Brasil, com o objetivo de controlar os fluxos de capital que entram nos países e pressionam as moedas locais. O Brasil foi o primeiro a tomar providências: primeiro com a compra sucessiva de dólares; e depois, subindo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em novembro, de 2% para 6%.

    “Assistimos a alguns bancos centrais efetuarem grandes compras de dólar para tentar limitar o impacto cambial. E, em inúmeros casos, essas ações colocaram dúvidas sobre o comprometimento desses bancos com a meta da inflação, especialmente em países onde o aumento de preços já começou a divergir da meta”, diz o relatório, claramente analisando a questão brasileira.

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