Criada com a promessa de revolucionar o setor de aviação, a maior aeronave do mundo, o Airbus A380, completa dez anos nesta segunda-feira. Mas não há motivos para comemoração. Com 79 metros de envergadura e 73 metros de comprimento de fuselagem, a Airbus tem tido dificuldades para conseguir vender o seu produto para as companhias aéreas. Neste ano, por exemplo, nenhum modelo foi comercializado.
Analisados os dez anos de operação do A380, os dados são ainda mais decepcionantes. Do dia 27 de abril de 2005, quando se realizou o primeiro voo em Toulouse, na França, até hoje a Airbus só conseguiu vender 317 aeronaves – a ideia inicial era comercializar 1.500 aviões. Isso porque o mercado de aviação passa por um momento favorável, com a projeção de alta na demanda por passageiros na ordem de 31% entre 2013 e 2017, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo.
Diante desse resultado pífio, a Airbus já estuda abandonar o projeto. No final de 2014, o presidente da companhia, Tom Enders, alertou, em entrevista à rede americana CNN, sobre a “decisão de chegar a um meio termo quanto ao futuro do A380”. Já o diretor financeiro da empresa, Harald Wilhelm, admitiu a possibilidade de “interromper a produção”. Entre as principais compradoras do avião, estão as companhias asiáticas, como a Emirates Airlines, a Etihad Airways, a Qatar Airways e a Asiana Airlines.
As dificuldades nas vendas se devem ao alto custo de manutenção das aeronaves e por não existirem muitos aeroportos capazes de comportar a máquina. Apesar disso, o CEO da Airbus, Fabrice Bregier afirmou recentemente que as especulação sobre o fim do A380 são infundadas. “Depois de todos os esforços que nós fizemos. Eu posso te dizer que o A380 terá um futuro assim como o mercado se torna maior”.
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(Da redação)