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Aéreas propõem redução salarial de até 80% para tripulantes

Propostas visam atenuar os efeitos da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, dada a queda expressiva da procura por voos

Por Diego Gimenes
26 mar 2020, 20h11
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  • Tempos de coronavírus: passageiros usam máscaras de proteção no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro (14/03/2020)
    Ao considerar rendas extras, no entanto, a redução pode alcançar 80% dos vencimentos - (Wagner Meier/Getty Images)

    Os tripulantes da Gol e da Latam, as duas maiores companhias aéreas em operação no Brasil, aprovaram em assembleia online nesta quinta-feira, 26, um corte de até 50% da remuneração fixa de seus salários. Ao considerar rendas extras, no entanto, a redução pode alcançar 80% dos vencimentos. As medidas foram adotadas em virtude da pandemia do novo coronavírus, que reduziu drasticamente a demanda de voos no mundo inteiro.

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    As propostas das duas companhias são diferentes. A Latam ofereceu uma redução de 50% na remuneração fixa a partir de abril, com validade até junho. Já a Gol, propôs uma redução gradual: de 30% em abril, 40% em maio e de 50% em junho. As informações são do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e as medidas têm como intuito evitar as demissões em massa no setor. Os valores não podem ser inferiores ao piso das categorias. Pilotos têm piso fixado em 9.400 reais, copilotos em 4.900 reais e comissários em 2.277 reais.

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    A Azul também apresentou uma proposta ao sindicato, em que prevê redução de 15% na remuneração fixa dos funcionários no mês de abril. Ondilo Dutra, presidente do SNA, considera a proposta inadequada. “Não se justifica reduzir a remuneração fixa, a empresa teve 9.500 de seus 14.000 funcionários que decidiram aderir ao programa voluntário de licença não remunerada. Temos que lembrar que os tripulantes já terão um corte de 50% na remuneração por não voarem”.

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    A Passaredo suspendeu totalmente as operações no país e apresentou uma proposta preliminar ao sindicato. De acordo com o SNA, a empresa garante a manutenção dos empregos, mas em contrapartida, nos meses de abril, maio e junho, os tripulantes receberão somente 20% da remuneração fixa mensal, em forma de abono. Os funcionários que recusarem a proposta, poderão aderir a um Programa de Demissão Voluntária (PDV). Segundo o sindicato, a proposta final e os termos do PDV ainda não foram apresentados pela empresa.

    Na semana passada, foi apresentada uma emenda à MP 927/2020 que possibilita o saque integral das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores do setor. Ondino Dutra diz que essa é a principal reivindicação da categoria. “A sociedade não pode permitir que pilotos comandem aeronaves com 90, 100 passageiros, tendo 80% da remuneração reduzida, isso é incompatível com a realidade. A permissão para sacar o FGTS é necessária. Os passageiros sumiram da noite pro dia, mas é preciso que as empresas estejam preparadas para a retomada. Se demitir tripulantes, não vai ter gente preparada na retomada, o que pode causar um prejuízo ainda maior para as companhias”.

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