Varilux: ‘Lolo’, de Julie Delpy, é comédia simples mas engraçadinha
Filme é escrito e dirigido pela protagonista da franquia iniciada por 'Antes do Amanhecer'
Presente na seleção do Festival Varilux de Cinema Francês 2016, o filme Lolo, o Filho da Minha Namorada é uma comédia romântica curta, com roteiro simples — como as feitas no Brasil –, mas que consegue arrancar risadas dos espectadores. O longa é dirigido por Julie Delpy (da trilogia Antes do Amanhecer, Antes do Pôr-do-Sol e Antes da Meia-Noite) e estrelado por uma das promessas do cinema francês, Vincent Lacoste. “Eu já trabalhei com a Julie em 2011. Nas duas vezes, além de dirigir, ela também estava em cena comigo. É muito bom, porque ela ama o trabalho que faz e nós nos damos muito bem. É muito bom trabalhar com diretores de que você gosta”, diz o jovem ator ao site de VEJA.
LEIA TAMBÉM:
Sete filmes imperdíveis do Festival Varilux 2016
Varilux: ‘Chocolate’ resgata história do 1º palhaço negro da França
A comédia acompanha a elegante quarentona Violette (Julie Delpy), uma produtora de eventos de moda que mora em Paris. Durante férias no sul da França, ela conhece o brega e louco por computadores Jean-René (Dany Boon), que vive uma vida simples e está de mudança para a capital francesa. Logo, os dois iniciam um caloroso relacionamento, mas Eloi, ou Lolo (Vincent Lacoste), o filho mimado de Violette, não fica nada feliz com isso. O jovem artista parece ter um gigante complexo de Édipo. Lutando contra as armadilhas de Lolo e a descrença da mãe de que o filho seja um psicopata, Jean Rene precisará enfrentar as piores situações para ficar ao lado da amada.
O roteiro apresenta uma sequência de situações cômicas, como se fossem esquetes de um programa de humor, mas todas no mesmo universo. Há vários clichês nas piadas, como jogar pó-de-mico nas roupas, alterar despertadores, remédios em bebidas e mulheres seminuas que acordam na cama ao lado do protagonista.
Os próprios personagens não fogem do esperado. Violette se mostra uma mulher confiante no início, mas é ingênua quanto ao filho querido e vira a apaixonada incondicional perto de Jean-René, o nerd caipira que acredita e confia em todos e não consegue se identificar com a cultura cosmopolita da capital, apesar do seu alto conhecimento tecnológico.
Lolo é o típico duas-caras, que mostra o sorrisinho infantil para a mãe, enquanto nas suas costas é um psicopata digno de filmes de suspense. “Ele é muito mimado e completamente desconectado da realidade. Ele é narcisista, o cara mau da história. Ele não bate bem da cabeça. Quando coloca as drogas na bebida, é algo muito malvado, pois pode destruir a vida de alguém. As outras artimanhas até que são engraçadas. Mas ele é o tipo de cara a quem eu nem saberia dar um conselho, pois não ouve ninguém além dele mesmo”, descreve Vincent Lacoste.
O roteiro do filme se mantém uma linha reta, sem nenhuma inovação ou solavanco. Depois de filmes com diálogos mais elaborados, talvez a ideia de Julie Delpy seja mesmo promover um entretenimento leve e rápido, que permita ao espectador relaxar e rir com os absurdos pelos quais Jean-René passa, afinal, é uma comédia romântica.
A dificuldade de Maitê Proença em vender imóvel perto do Copacabana Palace
O polpudo cachê de Madonna para se apresentar na Praia de Copacabana
Presidente da Alerj tem derrota unânime no TRE em jogada contra Castro
O que o futuro guarda para Eliana — segundo a versão original de Renascer
A ironia ‘ideológica’ na escolha do ator que faz Nelson Piquet em ‘Senna’
