Com o afrouxamento das medidas de distanciamento social e a liberação de shows ao vivo e com público em pé por quase todo o Brasil, o mês de outubro capta o melhor momento para a indústria da música desde o início da pandemia, segundo dados do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Os dados da instituição, que arrecada direitos autorais de músicas tocadas em eventos ao vivo, servem como um bom termômetro dos sinais de retomada do circuito de shows no país.
Segundo um levantamento feito pelo Ecad, a pedido de VEJA, o mês de outubro contabilizou 2 337 shows e eventos, um crescimento de 674% em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando as medidas de distanciamento social estavam mais rigorosas. Em setembro, a instituição contabilizou 1 400 eventos em todo o Brasil, um crescimento de 55% em relação ao registrado ao longo deste ano.
A distribuição de direitos autorais também apresenta números positivos. Em outubro, foi registrado um aumento de 32% nos valores repassados aos compositores e demais titulares, em comparação com o mesmo mês em 2020. De janeiro a outubro de 2021, o Ecad distribuiu 728 milhões reais em direitos autorais e contemplou 219 000 compositores, músicos, intérpretes, editores e produtores fonográficos.
A entidade prevê que os números deverão continuar subindo nos próximos meses, já que a agenda de grandes eventos como rodeios, festivais e shows ao vivo para os meses de novembro e dezembro segue lotada.