Sem máscara, rainha Elizabeth II faz primeira aparição pública em 7 meses
O Palácio de Buckingham afirmou que todas as 48 pessoas presentes no evento foram testadas contra a Covid-19 para garantir a segurança da monarca
Em meio ao processo de flexibilização do isolamento social em razão da pandemia da Covid-19, foi a vez da monarca da Inglaterra, a Rainha Elizabeth II sair de sua humilde residência – no caso, do castelo de Windsor, localizado no condado de Berkshire, na Inglaterra. Nesta quinta-feira, 15, junto com o neto, William, o duque de Cambridge, ela foi visitar o Laboratório de Defesa da Ciência e Tecnologia em Salisbury.
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Clique e AssineMantendo distância de todas as pessoas, ela não apertou a mão de ninguém e não conversou com muitas pessoas. A surpresa maior foi quando a monarca desceu de seu veículo sem um dos acessórios mais importantes para evitar a contaminação pela doença: a máscara. Segundo o Palácio de Buckingham, houve uma seleção de apenas 48 pessoas dentro do laboratório, todas devidamente testadas com antecedência para garantir a segurança da monarca, que já tem 94 anos e faz parte do grupo de risco do vírus.
O passeio foi curto. A rainha, que em um raro pronunciamento em abril comparou a pandemia com a separação de famílias na Segunda Guerra Mundial, apenas visitou as instalações do espaço e se reuniu com os cientistas do laboratório de Porton Down, no sudoeste do país, uma das regiões menos afetadas pela Covid-19.
Os cientistas do laboratório foram os responsáveis pelas pesquisas do novo coronavírus e também identificaram o Novichok, agente neurotóxico utilizado para envenenar o ex-espião russo Serguei Skripal em 2018 e opositor do Kremlin Alexei Navalny este ano.
Quem também manteve distância de Elizabeth foi seu neto, Príncipe William, sendo o mais cuidadoso com a saúde da avó durante o passeio. Ele não a tocou, manteve distância e falava sempre com ela sobre os cuidados que deveria tomar. O palácio não explicitou se o príncipe também fez o teste da Covid-19 para o encontro com a monarca.
Desde o começo do confinamento, decretado no final de março na Inglaterra, a saúde da rainha Elizabeth sempre esteve em primeiro lugar. Um plano de emergência foi criado às pressas por sua guarda pessoal caso ela precisasse de assistência médica. Ela foi uma das primeiras pessoas a ser isoladas no Castelo de Windsor, conhecido por ser uma grande fortaleza. Nem mesmo integrantes da família real podiam visitá-la. Seu filho, Príncipe Charles, 71 anos, contraiu a doença de forma leve e se recuperou.
O isolamento deu certo. Em sua primeira aparição pública, a monarca esbanjou saúde. A pandemia do coronavírus provocou mais de 43 mil mortes no Reino Unido, país mais afetado da Europa.