Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Barbados avança para que rainha Elizabeth deixe de ser sua chefe de Estado

Decisão tem objetivo de deixar para trás vestígio de passado colonial; Monarca britânica é governante do Reino Unido e outros 15 países

Por Da Redação 16 set 2020, 15h19

O governo de Barbados anunciou nesta quarta-feira, 16, sua intenção de que a rainha Elizabeth II deixa de ser sua chefe de Estado a partir de novembro do ano que vem, em uma decisão que pretende deixar para trás qualquer vestígio de seu passado colonial. 

Falando em nome da primeira ministra, Mia Mottley, a governadora-geral da ilha caribenha, Sandra Mason, anunciou a decisão durante o discurso conhecido como Discurso do Trono.

Mais de meio século após se tornar independente do Reino Unido, “os habitantes de Barbados querem um chefe de Estado de Barbados”, disse Mason. “Esta é a declaração máxima de confiança em quem somos e no que somos capazes de conseguir”.

Segundo a governadora da pequena ilha centro-americana, “Barbados dará o próximo passo lógico à soberania total e se tornará uma república” quando celebrar os 55 anos de sua independência, em 30 de novembro de 2021. Além de chefe de Estado, a rainha também atua como monarca constitucional. 

Continua após a publicidade

Após a independência, em 1996, já houve outras tentativas de removê-la do cargo. Na década de 1970, uma comissão concluiu que havia pouco apoio público para fundar uma república e o projeto foi arquivado. Em 1998, uma comissão constitucional recomendou a ação, que não avançou. 

O país voltou a dar passos em 2003, quando substituiu um o comitê judiciário sediado em Londres para um conselho dentro da corte caribenha de justiça, em Trinidad e Tobago, como seu tribunal de apelações.

Questionado sobre esta decisão, um porta-voz do Palácio de Buckingham disse: “Este é um assunto do governo e do povo de Barbados”.

Continua após a publicidade

A rainha Elizabeth é chefe de Estado do Reino Unido e outros 15 países: Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu. Todos estes territórios estiveram sob mandato do Reino Unido. 

Diversos países retiraram a rainha como chefe de Estado nos anos após conquistarem independência. As Ilhas Maurício foram o último território a fazê-lo, em 1992. Em 1999, a Austrália apresentou um referendo sobre a remoção da rainha, mas a proposta foi derrotada. 

Continua após a publicidade

Muitos habitantes de Barbados pediram no passado que a rainha Elizabeth fosse retirada do cargo de chefe de Estado devido a suas persistentes associações imperialistas, e vários dos líderes da ilha defendem torná-la uma república. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.