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Remake de ‘A Dama e o Vagabundo’ vai mudar música considerada racista

Canção interpretada por dois gatos siameses foi apontada como um retrato problemático da cultura asiática

Por Redação
6 Maio 2019, 18h46
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  • Com a onda da produção de remakes, a Disney também acha espaço para reparar seus erros do passado. No caso da nova versão de A Dama e o Vagabundo (1955), animação na qual uma mimada cocker spaniel se apaixona por um vira-lata, a novidade está na trilha sonora: uma das músicas do longa, A Canção dos Gatos Siameses, terá sua letra modificada, segundo a revista Variety. O trabalho será realizado pelo grupo Wondaland, ligado à cantora Janelle Monáe, que também contribuirá com duas faixas originais para a trilha sonora do filme.

    A canção, interpretada pelos gatos siameses Si e Am, se tornou alvo de polêmica após ser considerada um retrato problemático da cultura asiática, já que os felinos são retratados com os olhos muito puxados e com dificuldades de pronúncia. A música logo foi apontada como xenófoba, já que os próprios gatos confessam ser imigrantes. “Viemos do Sião há três meses/ E nos chamam de siameses/ Essa é a nova casa onde vamos ficar”, cantam na versão brasileira. Na nova versão, no entanto, os gatos não serão da raça siamesa, que é originária da Tailândia, antes conhecida como Sião.

    O remake da animação está sendo desenvolvido com exclusividade para o Disney+, serviço de streaming da companhia, que deve ser lançado em novembro deste ano.

    Novos tempos

    Esta não é a primeira vez que a Disney procura consertar algum ponto que poderia causar polêmica nos remakes de seus filmes antigos. Na nova versão de Dumbo (2019), dirigido por Tim Burton, a cena na qual o pequeno elefante se encontra com um bando de corvos foi cortada após ter sido apontado que os animais eram uma representação estereotipada da população negra.

    A representatividade também passou a ser uma prioridade do estúdio: em A Bela e a Fera (2017), o personagem LeFou (Josh Gad) é apresentado, pela primeira vez, como abertamente homossexual – e não apenas como um alvo de especulações, como era no desenho. Já em Mulan, previsto para 2020, a Disney apostou na representatividade étnica de seus personagens, com o elenco principal composto somente por chineses ou descendentes de chineses, assim como os personagens da animação.

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