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Quadro de Frida Kahlo leva 34,9 milhões de dólares e bate recorde latino

'Diego y Yo' foi vendida em Nova York e é agora a pintura latino-americana mais cara a ser vendida em um leilão, destronando Diego Rivera, marido da artista

Por Amanda Capuano Atualizado em 17 nov 2021, 10h51 - Publicado em 17 nov 2021, 10h49

Um dos famosos autorretratos da mexicana Frida Kahlo foi leiloado nessa terça-feira, 16, em Nova York, pela bagatela de 34,9 milhões de dólares (cerca de 191,2 mihões de reais, em cotação atual). Batizado de Diego y Yo, o quadro é agora a obra latino-americana mais cara a ser arrematada em um leilão internacional, recorde antes detido por The Rivals, do marido da própria, Diego Rivera (1886-1957), vendido por 9,76 milhões de dólares em 2018. Segundo The New York Times, o comprador foi identificado como Eduardo F. Costantini, o fundador de um museu em Buenos Aires que adquiriu a peça para sua coleção particular.

Além de tirar a coroa do próprio marido, o valor arrecadado pela obra de Frida coloca ela também a frente de outra latina, a brasileira Tarsila do Amaral, que alcançou a marca de 20 milhões de dólares quando o MoMA de Nova York adquiriu, direto com um colecionador particular, ou seja, sem leilão público, a tela A Lua. Atualmente, a artista mulher com o maior valor de uma obra adquirida em leilão é da americana Georgia O’Keeffe, por 44,4 milhões de dólares, em 2014.

Concluída cinco anos antes de sua morte em 1954, a pintura é um dos autorretratos finais de Kahlo e conta, inclusive, com uma aparição de Diego, deixando transparecer os conflitos de uma relação turbulenta. Feita durante o segundo casamento do casal, enquanto Rivera tinha um caso com a atriz María Félix, a pintura retrata uma Frida triste, com os olhos lacrimejados e o rosto do esposo estampado na testa. Leiloado pela última vez em 1990, a obra se tornou a primeira pintura latino-americana a arrematar mais de 1 milhão de dólares e, assim como outras obras assinadas por ela, viu seu valor escalar desde então.

“Frida está se tornando uma das artistas mais populares do mundo”, disse Gregorio Luke, ex-diretor do Museu de Arte Latino-Americana da Califórnia, ao The New York Times. Ele explica que as leis mexicanas impedem a maioria das vendas de artistas locais proeminentes dos séculos XIX e XX, o que faz com que haja uma baixa disponibilidade de peças de Kahlo circulando. “O preço é o resultado de um enorme interesse reprimido no artista e de muito pouco estoque. Existem provavelmente de 20 a 30 pinturas dela no mercado.”

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