Felizes para Sempre?, série em que Euclydes Marinho faz uma releitura de Quem Ama Não Mata, minissérie escrita por ele mesmo para a Globo, em 1982, termina nesta sexta-feira com um assassinato e a certeza do dever cumprido — além, é claro, da recauchutagem da carreira de Paolla Oliveira, que para muitos superou o estigma de mocinha e mostrou, como garota de programa, mais do que Sandy fez como devassa.
Com uma fotografia primorosa, um elenco afinado e uma edição afiada — a cena desta quinta-feira em que o casal Claudio (Enrique Diaz) e Marília (Maria Fernanda Cândido) discute na cozinha de casa, depois de ela saber que ele teve um filho fora do casamento, com falas que se sobrepõe o tempo todo, foi incrível –, Felizes para Sempre? recoloca a Globo na ponta entre as emissoras abertas. Não há, é fato, nenhuma que se equipare a ela em termos de qualidade, e justamente graças a atrações como essa.
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Seria tudo perfeito, não fosse um único problema: as perguntinhas que teimam em reduzir o olhar do espectador. Elas começam no título, que a narração da Globo demorou em ler direito: talvez por bom gosto, o locutor do canal lia “Felizes para Sempre” sem interrogação, nas primeiras chamadas. E continuam episódio a episódio, inundando de didatismo, quando não de moralismo, um texto que prescinde disso tudo. Elas pipocam no começo e no fim do capítulo, como um professor de escola que tenta conduzir a classe a uma reflexão — “Vamo lá, turmá: ‘Quem ama trai?’ e ‘O crime compensa?’.
Difícil entender porque, numa série em que até Paolla Oliveira deu sinais de superação, a Globo precisa ceder a um recurso capaz de reduzir o brilhantismo de um projeto. A história é ótima, bem escrita e bem montada. Faz pensar por si, e com mais liberdade quanto menos se leem as interrogações.
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VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
Moody’s melhora perspectiva para Brasil, o duro recado do Fed e entrevista com Luis Otávio Leal
A agência de classificação de riscos Moody’s mudou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva. Em outras palavras, o país está mais próximo de ter sua nota de crédito melhorada. O Brasil está a duas revisões de obter o chamado grau de investimento, o que ajuda a atrair investimentos estrangeiros. O comitê do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, se reuniu na quarta e decidiu manter as taxas de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que altas de juros não fazem parte do cenário-base da instituição, mas falou em falta de progresso na busca pela meta de inflação de 2%. Diego Gimenes entrevista Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora G5 Partners, que comenta esses e outros assuntos.
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