O elo mais fraco do ‘MasterChef Profissionais’
Faltou Fogaça a Henrique Fogaça na temporada que chega ao fim
MasterChef Profissionais, nova derivação da franquia de reality shows culinários que mais emplacou no Brasil, chega ao fim nesta noite como aposta vitoriosa.
Foi um teste e tanto para o formato, que tem sobrevivido às esticadas exageradas às quais a Band o submete, com a marca de duas temporadas por ano e um número excessivo de episódios. A tentação é grande: trata-se de um dos maiores sucessos em repercussão da história da Band e se tornou um pilar comercial por ali. A emissora só não acaba por fazer canja da galinha dos ovos de ouro porque compensa esses abusos com produção impecável e um elenco especialmente bem escalado.
Ana Paula Padrão fez sua melhor temporada, em especial nos diálogos com os eliminados. Os jurados, hoje celebridades de primeira grandeza na TV, por outro lado, já não formam um trio tão coeso quanto no início. Erick Jacquin, a maior personalidade gastronômica da turma, continua sendo um clássico: imbatível em conhecimento técnico, com o tempero de um humor malcriado. Paola Carosella apresenta as notas mais intensas, na crítica ou no elogio, e segue rápida nas respostas.
Henrique Fogaça, por outro lado, tem sido o prato insosso do cardápio. Justo ele, que fez sucesso até entre as crianças com o estilo heavy metal, tiradas divertidas e desconcertantes. Ao evocar “ciranda, cirandinha” para ironizar o prato de um participante, lembrou o cozinheiro que cativou o público: durão e engraçado, características que compensavam o fato de, apesar de badalado, não desfrutar do status técnico dos pares. Foi um acerto que se tornou raro no cardápio. Sem muito o que acrescentar aos comentários dos outros chefs, substitui as opiniões por gritos e caras feias, se transmutando em uma espécie de Alexandre Frota de avental. É pouco para a qualidade média do MasterChef.