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Novo normal: As regras e os receios de voltar ao cinema na pandemia

Reportagem de VEJA visitou uma sala em São Paulo para acompanhar as mudanças que prometem um retorno seguro do popular lazer interrompido pelo coronavírus

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 set 2020, 12h55 - Publicado em 7 set 2020, 12h49

A ida ao cinema, um dos programas de lazer mais tradicionais do fim de semana, foi afetada pela pandemia, que fechou as salas do país em março. Recentemente, diversos países e cidades brasileiras passaram a se organizar de forma local para retomar o divertimento que ainda provoca dúvidas. Será, de fato, seguro passar duas horas em um espaço fechado com estranhos? A resposta não é simples, e demanda uma boa organização e supervisão das salas, além do bom senso de seus visitantes. As regras em São Paulo, que concentra o maior número de salas do Brasil (cerca de 350), foram definidas pela prefeitura no último sábado, 5. Embora o governo estadual tenha liberado a ida aos cinemas na fase amarela, a capital paulista só fará o mesmo quando atingir a fase verde. Reportagem de VEJA visitou uma sala de cinema na cidade e ouviu o presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado de São Paulo, Paulo Celso Lui, para tirar as principais dúvidas sobre as adaptações feitas pelo setor para voltar à ativa.

O temor da sala fechada com ar-condicionado

Uma das maiores preocupações do público é com o ar-condicionado das salas que ficam fechadas durante a exibição do filme. Paulo Celso Lui explica que este não é um problema tão grave quanto imaginado. Segundo ele, todas as salas de cinema de São Paulo, antes mesmo da pandemia, já utilizavam um sistema de troca total do ar, semelhante ao dos hospitais. “Um duto joga o ar na sala e outro retira. As salas ainda possuem pé-direito alto, não deixando o ar se acumular em um mesmo lugar, diferentemente de academias”, compara.

Número de pessoas por sala

Inicialmente, os cinemas voltarão a funcionar por oito horas diárias com o número de sessões reduzido e até 60% da capacidade, restrito a 200 pessoas no máximo (ainda que esse número não exceda os 60% da sala). A restrição vai valer para os 28 dias em que a cidade estiver na fase verde. Após este período, o limite sobe para 500 pessoas. Na fase seguinte, a azul, não haverá número máximo de pessoas dentro da sala, mas o limite de ocupação seguirá sendo de 60%. A temperatura das pessoas será aferida antes da entrada.

Fluxo e distanciamento social

Os cinemas são os espaços de lazer público que têm mais regras e fiscalizações. “Até a altura do corrimão pregado nas paredes é fiscalizado”, diz Lui. Sendo assim, o presidente aponta que não será difícil para que as salas de cinema implementem as regras de segurança. De fato, o público de boa parte das salas de cinemas em São Paulo é acostumado a sentar em lugares marcados, o que pode garantir o distanciamento social. O fluxo entre porta de entrada e de saída, um sistema pré-Covid-19, é outro ponto a favor, que promete evitar aglomerações. Muitas salas já possuem sistema de vendas pela internet, o que vai diminuir contato entre clientes e funcionários. Tudo, claro, vai depender da conscientização do público e de fiscalizações na sala — lanterninhas serão ainda mais necessários nesse período.

Mas posso me sentar com minha família?

Membros da mesma família e casais poderão ficar juntos, no máximo até seis pessoas. Fora esse caso, os espectadores deverão ficar separados a uma distância de 1,5 metro um do outro.

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Máscaras e pipoca

O uso de máscaras é obrigatório pelos consumidores e funcionários. Porém, a máscara poderá ser retirada por quem optar por consumir alimentos e bebidas dentro da sala, o que será permitido. A venda na bomboniére deverá ser feita exclusivamente usando meios eletrônicos. Dinheiro em espécie não será aceito.

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Higiene

A promessa é que diversos recipientes de álcool em gel estejam à disposição do público em lugares estratégicos. As salas deverão estar liberadas cerca de 30 minutos antes do início de cada sessão e a conferência dos ingressos terá que ser feita por leitor óptico ou manual, sem contato entre o funcionário e o público. Ao final das sessões, as poltronas, corrimãos, maçanetas e outras superfícies deverão ser higienizadas.

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