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Nostalgia dos anos 1980 dá o tom em ‘Pixels’

Comédia de orçamento milionário traz jogadores de fliperama que salvam o planeta de personagens dos videogames

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 jul 2015, 09h15
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  • Comédias nonsense costumam andar sobre uma tênue linha que separa o genial da completa breguice. Alguns poucos conseguem apagar essa linha e apresentar uma produção digna de boas risadas em cenas calculadamente exageradas, haja vista o independente Kung Fury, lançado em maio na internet. Pixels, filme com Adam Sandler que chega ao cinema nesta quinta-feira, é outro que tentou trabalhar os dois lados do absurdo, porém, o aporte e as cobranças de um orçamento milionário – no caso, 110 milhões de dólares – bloquearam o caminho da superprodução.

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    O longa cômico arranca risadas honestas, tem um visual incrível, além de um forte apelo com a cultura pop dos anos 1980. Porém, o roteiro tropeça em ingenuidades do “filme família” e erra ao eleger Sandler como herói. O ator há tempos perdeu o carisma e volta a interpretar o mesmo personagem abobalhado e galanteador de seus projetos anteriores. Um exercício de paciência para o espectador.

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    Em mais um capítulo da vingança dos nerds no cinema, Pixels acompanha um grupo de adolescentes, em 1982, que entra em uma competição de jogos de fliperama. Sam Brenner (personagem que no futuro será vivido por Sandler) e Eddie “The Fire Blaster” Plant (anos depois, Peter Dinklage, o Tyrion de Game of Thrones) disputam a final do campeonato que decidirá quem é o melhor nos jogos. Plant vence, e Brenner nunca se conforma com a derrota. A competição é filmada e enviada pela Nasa para o espaço, juntamente com elementos da cultura americana, como clipes da Madonna, em um esforço para fazer contato com possíveis vidas inteligentes em outros planetas.

    Décadas mais tarde, o promissor Brenner se torna um técnico de eletroeletrônicos e Plant vai para a cadeia por uma série de crimes. Outros dois amigos da juventude, Will Cooper (Kevin James) e Ludlow Lamonsoff (Josh Gad) tomam rumos bem distintos. O primeiro se torna o presidente dos Estados Unidos e o outro continua com o papel de nerd perdedor, que mora com a avó e desenvolve teorias da conspiração contra o governo.

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    Cooper enfrenta uma alta dose de rejeição da população americana quando o país sofre um ataque misterioso. Os conhecimentos de videogame do passado permitem ao presidente perceber que os Estados Unidos foram bombardeados por Galaga, popular jogo para arcade. O mistério é resolvido por Lamonsoff, que capta uma mensagem alienígena em que os seres extraterrestes afirmam ter recebido a gravação dos terráqueos e que aceitam o desafio. Resumindo, os aliens não tão inteligentes assim entenderam as filmagens de jogos como uma ameaça, então desenvolveram soldados no formato dos personagens dos videogames para dominar o planeta.

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    O grupo de nerds tenta treinar o exército americano para a tarefa de conter os alienígenas. Porém, na prática, apenas os rapazes conseguem enfrentar os inimigos pixelados. O auge do filme acontece na sequência em que o popular Pac-Man ataca Nova York. O personagem amarelo destrói as ruas da cidade enquanto é perseguido pelos heróis, que ganham uniformes e carros equipados com tecnologias militares para destruir o grandalhão.

    Dirigido por Chris Columbus (de franquias como Harry Potter e Percy Jackson), Pixels nasceu inspirado em um curta francês homônimo, que segue a mesma premissa, mas com resultados distintos. Mesmo longe de merecer um lugar no cânone dos bons filmes americanos, a produção tem a seu favor o fator nostalgia, que promete agradar aos adultos que possuem referências da década de 1980. Outro ponto positivo é a melhora na linha do tempo de Sandler, que recentemente entregou os medíocres Juntos e Misturados (2014) e Gente Grande 2 (2013). Porém, ser melhor que Gente Grande 2 não é lá um grande desafio.

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