Leilão de memorabília em SP fica abaixo do esperado
Evento recebe 300 pessoas e movimenta 700.000 reais; expectativa era receber 400 e arrecadar até 1,2 milhão de reais. Para organizador, novo leilão demora
Os nomes de Marilyn Monroe, Elvis Presley e Michael Jackson não tiveram o apelo imaginado pela Cia. Paulista de Leilões, que realizou na noite desta segunda-feira, no hotel Unique, em São Paulo, um leilão de 123 peças ligadas a essas e outras grandes personalidades do showbiz. A empresa esperava receber 400 pessoas no evento e arrecadar entre 800.000 e 1,2 milhão de reais. Ao todo, 300 pessoas foram ao leilão e gastaram 700.000 reais até esta terça-feira – as peças não adquiridas na disputa estão à venda no site da companhia e a arrecadação continua a ser computada.
“O brasileiro ainda não entende que esses produtos valem dinheiro fora do país, ele ainda não tem essa cultura”, diz José Roberto Bortoletto Jr., proprietário da Cia. Paulista de Leilões. “Com certeza, esse não era o resultado que a gente esperava, mas se trata de um mercado novo, que a gente está desbravando agora. Precisamos criar uma marca.”
Apesar do otimismo, Bortoletto Jr. não tem esperança de ter um lote de peças do mesmo tamanho tão cedo. “Em 2013, vai ser muito difícil fazer um leilão assim, que foi o primeiro do porte na América do Sul”, diz. “Não sei quando terei de novo um lote desses.”
De acordo com Bortoletto Jr., as poucas experiências anteriores de oferta de memorabília foram leilões de peças isoladas, como a de um envelope autografado pelos Beatles e foi vendido por cerca de 20.000 reais, segundo ele, em uma casa de leilões em São Paulo.
No leilão desta segunda-feira, o recorde em termos de superação do valor inicial foi atingido por um exemplar do álbum Revolver, também assinado pelos Beatles. O disco foi oferecido por 10.000 e vendido por 25.000 reais.