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Legado têxtil da mãe de Obama vira tema de exposição em museu da Malásia

Paula Regueira Leal. Kuala Lumpur, 7 jul (EFE).- Uma coleção de peças e tecidos da mãe de Barack Obama, reunidos durante uma série de viagens e pesquisas que a mesma fez pela Indonésia como antropóloga, ganha destaque em uma exposição que será exibida até o final de julho no Museu de Arte Islâmica da Malásia, […]

Por Da Redação
7 jul 2012, 10h05
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  • Paula Regueira Leal.

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    Kuala Lumpur, 7 jul (EFE).- Uma coleção de peças e tecidos da mãe de Barack Obama, reunidos durante uma série de viagens e pesquisas que a mesma fez pela Indonésia como antropóloga, ganha destaque em uma exposição que será exibida até o final de julho no Museu de Arte Islâmica da Malásia, em Kuala Lumpur.

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    A exposição em destaque exibe dezenas de batiks (pintura com cera quente sobre tecido) e outras telas profusamente decoradas com motivos florais que Ann Dunham, a mãe do atual presidente americano, vestiu e utilizou ao conhecer a fundo essa distante cultura.

    Segundo Ann, o batik, uma tela versátil e também uma tradicional vestimenta usada pelos sultões, comerciantes e camponeses, representa o melhor reflexo da diversidade na Indonésia, um arquipélago que abriga 300 grupos étnicos e se fala cerca de 700 idiomas e dialetos.

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    Ann Dunham, que morreu em 1995 nos Estados Unidos, se sentiu fascinada pela singeleza destas peças e com a facilidade de confeccionar vestidos ou saias com este estilo.

    ‘Senti curiosidade pela exposição porque queria saber o que têm em comum o presidente dos Estados Unidos e o batik. Desta forma, descobri que a mãe de Obama era uma especialista neste tecido típico do Sudeste Asiático’, disse à agência Efe a jovem Sri Gaol ao visitar o museu da Malásia, outro país onde o batik é bem popular.

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    Sri Gaol elogiou o gosto da mãe de Obama e destacou que a antropóloga conseguiu superar ‘a típica visão que os estrangeiros costumam ter do Sudeste Asiático’.

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    O interesse de Ann Dunham pelo batik fez com que a antropóloga decidisse aprender diversas técnicas de criação, chegando a cursar classes de pintura e tingimento em seu retorno aos Estados Unidos, mas ainda seguindo a tradição têxtil da Indonésia.

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    Essa mostra destaca os panos de tons coloridos que a mãe de Obama sentiu uma atração especial durante sua estadia na Indonésia nas décadas de 60 e 70.

    ‘Cada peça da exibição tem um significado profundo. Ann Dunham não era somente uma estrangeira que desfrutava das cores vibrantes do batik’, explicou Heba Nayel, curadora da exibição de tecidos.

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    Segundo Nayel, essa mostra apresenta as peças mais vestidas pela população de diferentes classes sociais da Indonésia, incluindo as ‘que não eram caras’ e as ‘reservadas para a corte real’.

    O interesse da antropóloga americana por estes exóticos desenhos foi além da estética e, por isso, a mostra também ressalta o trabalho que desenvolveu para promover de uma rede de microcréditos entre as artesãs de batik na a ilha de Java.

    ‘Ela pensou que as artesãs do batik poderiam trabalhar em cooperativas e fazer suas telas sem serem exploradas; não pediu para as artesãs levarem seus produtos à cidade, mas ajudou e muito’, destacou Nayel.

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    Em um vídeo gravado para exposição, o presidente dos Estados Unidos indica que esta coleção de tecidos reunidos por sua mãe não está somente relacionada com a moda, mas com uma faceta dela como pessoa.

    ‘Como mulher, ela sabia que os tecidos eram o sustento das mães e mulheres da região’, aponta Obama, que também espera que o legado deixado por sua mãe ‘continue ampliando o entendimento entre pessoas e entre nações’.

    Além da relevância do batik, a exposição também exalta a faceta viajante de Ann Dunham, que viveu em vários estados dos EUA, na Indonésia e no Paquistão, e seu interesse por outras culturas, uma atitude que fica comprovada em seus dois casamentos inter-raciais, com um queniano e um indonésio.

    E foi ‘o batik que, como antropóloga, ajudou ela a compreender a vida de outras pessoas, suas esperanças, suas tradições e seus desafios’, sintetizou Obama, que viveu vários anos em Jacarta durante sua infância.

    Declarado patrimônio imaterial da humanidade em 2009, o batik atualmente é um símbolo da identidade nacional e um ícone cultural da Indonésia. EFE

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