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Johnny Depp realmente arrasa em ‘Aliança do Crime’

O ator, que teve performances apagadas nos últimos trabalhos, interpreta o gângster James 'Whitey' Bulger e está cotado para concorrer ao Oscar

Por Mariane Morisawa, de Toronto
19 set 2015, 00h07
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  • É preciso andar alguns anos para trás para lembrar da última atuação marcante de Johnny Depp. Para piorar, seus filmes mais recentes – Mortdecai, Caminhos da Floresta, Transcendence – A Revolução e O Cavaleiro Solitário – não foram exatamente um sucesso de bilheteria. Teria o talentoso ator virado uma espécie de Nicolas Cage? Ainda não. Depois de assistir a Aliança do Crime, de Scott Cooper, é possível dizer: bem-vindo de volta, Johnny Depp. O filme, exibido no 40º Festival de Toronto e com estreia prevista no Brasil para 12 de novembro, devolveu o ator, inclusive, às conversas sobre o Oscar.

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    Depp interpreta o criminoso James “Whitey” Bulger. Envelhecido, de poucos cabelos brancos e lentes de contato azuis, é a própria imagem do mal. Jimmy é implacável com seus inimigos, como costuma ser com os gângsteres, e anda cercado de seus capangas. Até aí, pouca novidade. O mais interessante da história é sua relação com seu irmão, Billy (Benedict Cumberbach), presidente do Senado de Massachusetts, e o agente do FBI John Connolly (Joel Edgerton). Os três cresceram juntos em um conjunto de apartamentos populares de Southie, a região mais pobre de Boston, o que faz terem uma relação que não obedece às leis escritas, mas a códigos morais aprendidos desde a infância. Connolly propõe a seu chefe no FBI, Charles McGuire (Kevin Bacon), que Jimmy Bulger vire informante para ajudar no extermínio da máfia italiana na cidade – objetivo comum de ambas as partes. Inacreditavelmente, o FBI topa. O que acontece é que Jimmy elimina a concorrência e fica cada vez mais poderoso e rico, chegando a colaborar com o IRA (Exército Revolucionário Irlandês, que luta pela independência da Irlanda do Norte).

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    O filme faz um bom trabalho de deixar claro que a relação corrupta de Connolly com Bulger, que distribuía sorvetes para as crianças do bairro e uma vez salvou o futuro agente do FBI de uma briga, nasce da lealdade e da gratidão. É uma pena, porém, que não invista mais no relacionamento entre Billy e Jimmy. Imagine o que é ser um senador com um irmão criminoso?

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    Diretor de Coração Louco (2009) e Tudo por Justiça (2013), Scott Cooper faz um trabalho discreto. O roteiro de Mark Mallouk e Jez Butterworth, baseado no livro dos repórteres do jornal Boston Globe Dick Lehr e Gerard O’Neill, que descobriram a colaboração entre Jimmy Bulger e o FBI, poderia ser um pouco mais enxuto na hora de incluir os personagens e fatos. É um filme eficiente, mas, como a maior parte dos títulos no Festival de Toronto, realmente destaca-se no trabalho dos atores, especialmente o trio principal formado por Johnny Depp, Joel Edgerton e Benedict Cumberbatch.

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