A cantora Jennifer Lopez teria recebido cerca de 1,5 milhão de dólares para cantar parabéns ao ditador do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, em apresentação feita no último domingo em um resort de luxo no país, de acordo com informações do site americano Radar Online. A “homenagem” provocou mal estar e uma reação negativa entre público e imprensa, já que o país da antiga república soviética vive um dos regimes mais repressivos do mundo, e o empresário de J-Lo correu para socorrê-la, alegando que a cantora atendeu ao pedido de cantar parabéns, feito de surpresa ao final do show.
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Segundo Benny Medina, o empresário, em entrevista ao site TMZ, a cantora teria sido vítima de uma “armadilha”, já que foi contratada por uma empresa chinesa de petróleo para realizar um show corporativo e não para se apresentar para o presidente. Jennifer Lopez teria cantado três músicas e, assim que saiu do palco, alguém teria avisado seu empresário de que o ditador estava no local e queria que ela cantasse parabéns para ele em homenagem aos seus 56 anos.
Benny Medina alegou que também não sabia do currículo sombrio do ditador e só soube depois que a cantora começou a receber duras críticas. Logo em seguida, os representantes da cantora divulgaram uma nota oficial esclarecendo que “se houvesse conhecimento de problemas com direitos humanos de qualquer tipo, Jennifer jamais teria comparecido”.
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Difícil saber se as desculpas vão colar. O presidente da ONG Human Rights Watch, que briga pelo cumprimento dos direitos humanos ao redor do mundo, mostrou irritação ao comentar a performance ao site americano Radar Online. “Lopez obviamente tem o direito de realizar uma performance ao vivo para o ditador que ela quiser e para o seu círculo de companheiros, mas essa atitude destruiu completamente a mensagem que ela cultivou cuidadosamente ao se involver no programa de Anistia Internacional no Mexico, que visa coibir a violência contra as mulheres”, disse Thor Halvorssen.