Aos 28 anos, Ian Baiocchi faz parte de uma nova leva de cozinheiros que vêm conferindo frescor ao cenário gastronômico da capital. Nenhum dos outros, contudo, chegou tão longe. Somados o título de chef do ano e a consagração de seus restaurantes, ele levou quatro prêmios nesta edição de VEJA COMER & BEBER. Não é de espantar. Apesar da pouca idade, Baiocchi acumulou uma bagagem considerável na última década. Na infância, não era raro deixar de lado a brincadeira com os primos para ajudar as avós no preparo das refeições. Mas foi aos 18 anos que, determinado a seguir carreira entre fogões e caçarolas, aterrissou em São Paulo para cursar gastronomia no Centro Universitário Senac. Em terras paulistanas, o jovem passou por restaurantes consagrados, como o D.O.M., de Alex Atala, e o Maní, à época liderado pela dupla Helena Rizzo e Daniel Redondo, e acabou alçando voos mais distantes, até a Espanha. No país europeu, onde residiu por dois anos, trabalhou nos celebrados Mugaritz e El Celler de Can Roca, este atualmente considerado o terceiro melhor do mundo no ranking da revista inglesa Restaurant. Em 2012, de volta à capital goiana, assumiu o cardápio do Palácio das Esmeraldas, sede do governo do estado, e trabalhou com catering para eventos. Foi em 2015, porém, que Baiocchi abriu sua primeira casa, o variado Íz, consagrado nesta edição como o melhor restaurante da cidade. De acento italiano, nasceu no último mês de agosto um novo projeto, a também premiada 1929 Trattoria Moderna. Apesar da intensa rotina profissional dividida entre os dois endereços, Baiocchi arruma tempo para assinar o cardápio de outras casas da cidade e garante que não larga as panelas nem em casa, na hora de relaxar. “Se passo um dia sem entrar na cozinha, fico louco”, brinca. Leia sobre o Íz Restaurante aqui e sobre a 1929 Trattoria Moderna aqui.