A mãe, Katherine, e os irmãos Jermaine e LaToya Jackson compareceram nesta terça-feira ao tribunal para acompanhar a audiência prévia ao julgamento que decidirá se o médico Conrad Murray foi responsável pela morte de Michael Jackson, em junho de 2009. Murray é acusado de administrar uma overdose de sedativos ao rei do pop, no que configuraria um homicídio culposo, ou seja, sem intenção. Não se sabe se algum membro da família Jackson irá testemunhar nas audiências do Corte Superior de Los Angeles, ou se simplesmente assistirão aos depoimentos.
Joe Jackson, o pai, não esteve presente no início dessas duas semanas de audiências, mas já declarou anteriormente ser contrário à tese de que o filho morreu ao tomar os medicamentos por conta própria. “Ele é um Jackson. Ele não pensa assim. Um mês antes de morrer, disse a Katherine que eles iriam matá-lo por seu catálogo de publicações”, afirmou ao site X17online.com, de notícias sobre celebridades, sem dizer quem eram “eles”. “Ele disse que iam matá-lo. Por que ele iria se matar?”, acrescentou Joe Jackson.
Na audiência preliminar, o juiz da Corte Superior de Los Angeles, Michael Pastor, decidirá se há evidências suficientes para denunciar Murray, de 57 anos, por homicídio culposo. Cardiologista, Murray é acusado de ter administrado um poderoso coquetel de sedativos e analgésicos para ajudar Jackson a dormir. Ele alega inocência das acusações. É provável que seja dada ênfase na audiência ao uso que Murray fez de propofol, um anestésico usado em procedimentos cirúrgicos, para tratar a insônia de Michael. O medicamento poderoso não é indicado para uso doméstico ou para tratar distúrbios de sono.
Um promotor alegou na última semana que os advogados de defesa dirão que Jackson acordou aquela noite fatídica em sua mansão em Beverly Hills e injetou em si próprio uma overdose de medicamentos enquanto Murray estava fora do quarto.
Em outra ação contra Murray, Joe Jackson busca obter indenização por perdas e danos não especificados, inclusive de uma farmácia de Las Vegas que teria fornecido o sedativo propofol administrado ao cantor antes de sua morte.
(Com agência France-Presse)