A marca Legião Urbana deixou de ser exclusividade do produtor cultural Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo, após liminar concedida nesta sexta-feira que estende o direito de explorá-la comercialmente aos ex-integrantes da banda Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos. Eles estavam impedidos de usar o nome do grupo em shows e eventos comemorativos pelos 30 anos de carreira, que foi comemorado em setembro do ano passado.
O juiz Fernando Cesar Ferreira Vianna, da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, determinou multa de 50 000 reais caso a decisão seja descumprida.
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Desde a morte do vocalista Renato Russo, há 16 anos, a família do cantor (e mais recentemente seu filho, Giuliano Manfredini) se tornou dona da empresa Legião Urbana Produções Artísticas, criada em 1987, que detém os direitos autorais sobre o nome da banda. Bonfá e Villa-Lobos eram sócios minoritários e alegaram no processo terem sido impedidos de realizar shows que remetessem à história e ao repertório da Legião Urbana.
Na decisão, o juiz alegou que cercear os músicos a fazer referência ao nome da banda em que atuaram por anos constitui um dano irreparável.
Comemoração – A comemoração dos 30 anos da Legião Urbana se reverteu em uma série de shows e eventos capitaneados por Giuliano Manfredini. Foi realizada uma apresentação, no dia 29 de junho, em Brasília, em que um holograma de Renato Russo produzido pela empresa do cineasta americano James Cameron (Avatar) apareceu no palco cantando seus maiores sucessos. Bonfá e Villa-Lobos não participaram da apresentação.
O filho do vocalista também prevê lançar um documentário sobre a trajetória do pai e uma exposição itinerante com objetos pessoais de Renato Russo.