Uma exposição em cartaz na Japan House, em São Paulo, vai fazer os donos de pets se apaixonarem. Com o nome de Architecture for Dogs, a exibição que já passou por Japão, China e Estados Unidos chega ao Brasil trazendo quinze projetos arquitetônicos criados por escritórios japoneses, europeus e um brasileiro, inédito, todos inspirados em diferentes raças de cachorros e pensados para nossos amigos de quatro patas.
A mostra é dividida em três espaços: no térreo, os projetos finalizados são dispostos, revelando a variedade de propostas – de caminhas fofas e confortáveis até móveis multiuso, passando por obras lúdicas e conceituais. No piso superior, o visitante tem a chance de acompanhar a evolução de um único projeto, o do arquiteto Kenya Hara, que foi responsável pelas diretrizes de todas as Japan Houses no mundo (localizadas em Los Angeles, Londres e São Paulo). Ali, enfileiram-se pequenas maquetes de madeira com cadeiras, escadas e espaços geométricos pensados para os cães, seguindo uma única inspiração: o Poodle Teacup.
Por fim, três projetos estão expostos na área externa, ao lado da entrada. Ali, os animais têm passagem livre e podem testar pessoalmente as invenções, já que não são permitidos na área interna do edifício.
Architecture For Dogs é uma iniciativa internacional que pretende reunir projetos caninos ao redor do mundo, e compartilhá-los com o público. Ou seja, cada construção tem suas instruções de montagem disponíveis para download no site architecturefordogs.com. A ideia é que os projetos “feitos em casa” sejam compartilhados pelas redes sociais, com a ajuda da hashtag #architecturefordogs, e somados a outros criados pelos próprios visitantes. Um aviso: alguns dos projetos podem ser bem desafiadores.
Lourenço Gimenes, representante do escritório FGMF, único brasileiro a integrar exposição e um dos responsáveis pelo projeto arquitetônico da Japan House, explica que trabalhar com um design para cães foi um desafio, já que mexia com uma escala não-humana. Ele conta, ainda, que sua equipe teve uma “cobaia” que facilitou o processo: o Yorkshire Bartolomeu, ou Bartô, mascote da casa, que inclusive esteve presente na abertura da mostra para testar os “brinquedos”.
A diretora cultural da Japan House, Natasha Geenen, descreve a exposição como uma tentativa de “mostrar o design com um viés diferente, irreverente, original e divertido”, levando “questões conceituais” da arquitetura a um público leigo. Para ela, o interesse está em ver como cada escritório vai lidar com o desafio de compreender a raça selecionada e desenhar para ela. “Alguns fazem projetos muito conceituais, com senso de humor, enquanto outros são mais funcionais e levam em consideração a inserção do cachorro no ambiente familiar e na vida contemporânea”, analisa.
A exposição fica em cartaz até o dia 7 de abril na Avenida Paulista, 52, e a entrada é gratuita. Mais informações no site da Japan House São Paulo.