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Datas: Thiago de Mello, Françoise Forton e Jean-Jacques Beineix

O poeta, a atriz e o cineasta

Por Da Redação 21 jan 2022, 06h00
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  • “Fica decretado que agora vale a verdade / que agora vale a vida / e que de mãos dadas / trabalharemos todos pela vida verdadeira.” A primeira estrofe de Os Estatutos do Homem, o mais conhecido poema do amazonense Thiago de Mello, escrito em 1964, logo depois do golpe militar, virou símbolo da luta contra a ditadura. Traduzido para uma dezena de idiomas, ajudou a tornar mundialmente conhecido o trabalho de um escritor que não tinha medo de brigar com palavras.

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    Exilado no Chile, Argentina, Portugal, França e Alemanha, nunca escondeu seu lado político, postura que o levou a ser perseguido, mas fez sempre questão de pôr no papel um outro tema de sua predileção: o zelo pela Floresta Amazônica, o cuidado com os índios e as populações ribeirinhas. Há cinco anos, em um discurso em São Paulo, ele disse: “Me despeço para permanecer”. Thiago de Mello morreu em 14 de janeiro, aos 95 anos, em Manaus.

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    Sonhos na televisão

    NOVELA - A atriz carioca Françoise Forton: a Tetê de Estúpido Cupido -
    NOVELA - A atriz carioca Françoise Forton: a Tetê de Estúpido Cupido – (Divulgação/TV Globo)

    O Brasil se apaixonou pela atriz Françoise Forton, filha de pai francês e mãe brasileira, com a novela Estúpido Cupido, de 1976, escrita por Mario Prata e dirigida por Régis Cardoso. Ela fazia a estudante normalista Maria Tereza, a Tetê, moça sonhadora que deseja sair da pequena cidade de Albuquerque para ser eleita Miss Brasil. “Françoise fez parte da história de todos nós que acompanhamos seus trabalhos inesquecíveis, com talento, sorriso largo e coração grande”, disse a atriz Beth Goulart. Ela morreu em 16 de janeiro, no Rio, aos 64 anos, de câncer no colo do útero.

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    Calor nas telas

    CARREIRA - O diretor Beineix: Diva, A Lua na Sarjeta e Betty Blue -
    CARREIRA - O diretor Beineix: Diva, A Lua na Sarjeta e Betty Blue – (Frederic Souloy/Gamma-Rapho/Getty Images)

    Nada irritava mais o diretor francês Jean-Jacques Beineix do que a catalogação de seus filmes como obra de um movimento intitulado pelos críticos de “cinéma du look” — eram trabalhos que zelavam pelas imagens e cores, como se tivessem sido extraídas de campanhas publicitárias, em ritmo quase sempre rápido de montagem e trilha sonora adesiva. Faziam parte da turma, além de Beineix, nomes como Luc Besson e Leos Carax. “Ninguém é profeta em sua própria terra”, chegou a dizer, depois que seus longas estouraram antes nos Estados Unidos para então atrair público às salas francesas. Três clássicos modernos são de Beineix: Diva, de 1981, A Lua na Sarjeta, de 1983, com o inevitável Gérard Depardieu, Nastassja Kinski e Victoria Abril, e Betty Blue, de 1985, cujo título original — 37o2 le Matin — entrega o tom mercurial do drama com pitadas eróticas que apresentou ao mundo a atriz Béatrice Dalle. Seu último trabalho, de 2013, foi um documentário para a televisão sobre descobertas arqueológicas na França. Morreu em 14 de janeiro, aos 75 anos, em Paris, de causas não reveladas pela família.

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    Publicado em VEJA de 26 de janeiro de 2022, edição nº 2773

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