Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cee Lo Green decepciona em show no Sónar, já Mogwai e Justice arrebatam plateia

Segundo dia de festival teve mais público, mas a estrutura do festival se mostrou eficiente para não tornar a experiência desconfortável

Por Carol Nogueira e Raissa Pascoal
13 Maio 2012, 11h23
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O segundo dia do festival Sónar, que aconteceu no complexo Anhembi, em São Paulo, foi marcado por um grande contraste entre as apresentações principais. O cantor americano de soul Cee Lo Green era também uma das atrações mais esperadas, mas seu show deixou a desejar. Já a banda escocesa de pós-rock instrumental Mogwai, que tocou na mesma hora de Cee Lo, fez um show de arrepiar a espinha. Em comparação com o primeiro dia, a organização mostrou que aprendeu com os erros, já que algumas melhorias eram perceptíveis. No geral, o festival ganhou pontos em em organização, escolha do line-up e do lugar, que poderia receber mais eventos como esse. O único defeito grave foram os atrasos, que aconteceram nos dois dias e iam de 30 minutos a 1h30 (no caso do palco SónarVillage, no sábado), e atrapalhavam quem já havia se programado.

    Publicidade

    Público – Embora também não tivesse ingressos esgotados no segundo dia, o festival estava mais cheio do que na sexta-feira — a organização não divulgou números. A procura se refletiu nos cambistas que estavam pelas redondezas. Se, no primeiro dia, era possível encontrar ingressos pela metade do preço (230 reais), no sábado, o máximo era 150, preço que caiu somente ao longo do festival. A maior quantidade de público também se refletiu nas filas para caixas, bares e banheiros, mas nada que atrapalhasse o evento, já que o tempo máximo de espera era de 15 minutos. O aumento no público também provou que a estrutura montada pelos organizadores era eficiente — ao invés de concentrar todo o público somente em um lugar, colocar boas atrações em palcos diferentes também ajudou a dispersar o público.

    Publicidade

    Cee Lo Green – O cantor americano Cee Lo Green subiu ao palco Club às 22h20 como a primeira grande atração do segundo dia de Sónar, mas não atingiu as expectativas. Em companhia de três backing vocals, o cantor começou sua apresentação com a música Bright Lights Bigger City e, a partir de então, se esforçou para manter o público animado e sofreu com os problemas de som no microfone, que impediam que algumas de suas palavras fossem ouvidas. Próximo à metade do show, depois de cantar Satisfied e o cover da música Let’s Dance, de David Bowie, Green convidou três rappers para se juntar a ele. A apresentação esfriou e o soul man ficou de coadjuvante no palco. Como era de se esperar, o ponto alto do show – que, por sinal, recuperou um pouco o ânimo dos espectadores – foi alcançado com seus dois maiores hits: Crazy, da dupla Gnarls Barkley, da qual ele fazia parte, e Fuck You.

    Mogwai – Quase na mesma hora que Cee Lo Green, o quinteto escocês Mogwai subiu ao palco SónarHall, e fez um show emocionante do começo ao fim. Com três guitarras, baixo e bateria, o grupo cria músicas com várias camadas de som que chegam a arrepiar a espinha. Apesar do volume alto e das distorções e efeitos, o som do grupo consegue provocar certa tranquilidade em alguns pontos do show. Estourando o horário previsto para a apresentação, o grupo levou bronca da produção do palco, mas decidiu “quebrar as regras”, como foi definido por um dos integrantes, e tocar mais um “bis”.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Alva Noto e Ryuichi Sakamoto – Antes do Mogwai, o palco Hall teve uma das atrações mais aclamadas do festival, da dupla Alva Noto e Ryuichi Sakamoto — o primeiro, um alemão responsável por projeções visuais, e o segundo, o pianista japonês que já ganhou um Oscar (pela trilha sonora de O Último Imperador, em 1987). A dupla, que já lançou quatro álbuns, sendo O mais recente Summvs, do ano passado, fez uma apresentação inteligente, experimental e minimalista, de “dar um nó” na cabeça de quem assistia.

    Palco – Nas apresentações, o palco Hall era uma atração à parte. Montado no Auditório Economista Celso Furtado, que fica dentro do palácio das convenções do Anhembi, que tem estrutura belíssima e imponente, o palco tinha o melhor som do festival, graças à ótima acústica do auditório. Deveria haver mais apresentações no local, que comporta 2.500 pessoas.

    Publicidade

    Justice – De volta ao Brasil para apresentar seu novo álbum, Audio, Video, Disco, a dupla francesa Justice mostrou um show bem diferente do que havia apresentado por aqui em 2008, logo que estourou com Cross (2007). Cheio de efeitos visuais — além da tradicional cruz iluminada no centro do palco, uma tela de LED com projeções e holofotes que acompanhavam o ritmo da música. Para aproveitar os dois trabalhos lançados, o duo chegou a uma fórmula inteligente: usa as faixas do disco novo, como Civilization, como base para tocar as “antigas”, como D.A.N.C.E. e DVNO. como se fossem samples. O modelo se provou um sucesso com a plateia cheia do palco Club — aliás, a mais cheia do festival.

    James Blake – Depois de apresentar DJ set no primeiro dia, o britânico James Blake voltou ao festival para se apresentar ao vivo na noite deste sábado. Ao contrário de sua primeira aparição, que reuniu uma plateia ainda rarefeita, o show no palco Hall estava cheio. No entanto, o público se debandou para outros palcos aos poucos, provando que o som de Blake é mesmo um caso de ódio ou amor. Nos vocais, teclados e sintetizador, Blake criou um clima intimista misturando música eletrônica com outros estilos, como o R&B e o soul. O músico apresentou músicas como Limit to Your Love e The Wilhelm Scream, a faixa mais bonita ao vivo.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.