Concluindo meses de negociação, o fundo responsável pelo patrimônio de David Bowie (1947-2016) vendeu o catálogo de músicas do cantor inglês por estimados 250 milhões de dólares para a Warner Chappell Music. O acordo abraça todas as canções lançadas nos 26 discos de estúdio de Bowie assim como o disco póstumo Toy, canções de trilhas-sonoras entre outros projetos assinados por ele.
O anúncio acontece na semana em que Bowie completaria 75 anos, no dia 8 de janeiro. Como, parte das homenagens, foi lançado o box Brilliant Adventure, que reúne gravações feitas entre 1992 e 2001. Um documentário com cenas raras e inéditas do músico está previsto para ser lançado no Festival de Cinema de Sundance, dirigido por Brett Morgen, que vem trabalhando na edição de milhares de horas de gravações há quatro anos.
A movimentação do espólio do músico segue uma nova tendência da indústria fonográfica, em que compositores e fundos de artistas mortos vendem os direitos de canções por cifras altíssimas. Assim, as empresas que as adquirem passam a lucrar com as faixas e seus criadores embolsam um valor que demorariam anos para receber.
Bob Dylan foi um dos que aderiu à onda, vendendo seu catálogo por 300 milhões de dólares. Bruce Springsteen, o mais recente nome a vender suas canções, fechou um acordo estimado em 500 milhões de dólares – o mais alto até agora.