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Caso Johnny Depp: Amber Heard tenta, de novo, anular veredicto

Segundo equipe jurídica da atriz, um dos jurados que participaram do julgamento nunca foi intimado de verdade

Por Marcelo Canquerino Atualizado em 11 jul 2022, 19h01 - Publicado em 11 jul 2022, 18h01
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  • Apesar de ter chegado ao fim oficialmente, a batalha judicial entre Johnny Depp e Amber Heard pode ganhar novos desdobramentos. Nesta segunda-feira, 11, os advogados do ator argumentaram que o veredicto de difamação de 10,35 milhões de dólares a seu favor deveria ser mantido, apesar da possibilidade de um dos jurados que compareceu aos tribunais ter sido o errado. Os advogados de Heard afirmam que o resultado deveria ser anulado e um novo julgamento feito porque um dos sete jurados do caso nunca recebeu uma intimação.

    De acordo com um memorando feito pela equipe jurídica da ex-mulher de Depp e divulgado na sexta-feira, a intimação para compor o júri foi enviada a um residente da Virgínia em abril. Porém, segundo o mesmo arquivo, editado nesta segunda-feira, parece que existem duas pessoas que residem no mesmo endereço com o mesmo sobrenome — uma com 77 anos e outra, 52 anos. O que os advogados de Heard argumentam é que o primeiro foi convocado, mas quem apareceu ao julgamento foi o segundo, comprometendo o veredicto. “Assim, o homem de 52 anos sentado no júri por seis semanas nunca foi convocado para servir como jurado em 11 de abril e não ‘apareceu na lista’, conforme exigido”, diz o processo.

    Sem ser notado por oficiais ou funcionários, a equipe de Amber Heard levanta a possibilidade de o homem mais jovem nunca ter sido solicitado a apresentar documentação ou ter mostrado uma identidade falsa. Outro ponto mencionado foi referente ao formulário online requerido pelo julgamento. Há chance do homem ter preenchido intencional ou acidentalmente com a data de nascimento errada.

    A equipe jurídica de Johnny Depp afirma que Heard não demonstrou ter sofrido qualquer tipo de prejuízo devido ao erro e que perdeu o direito de se opor a decisão do júri por não ter levantado esse problema mais cedo. “Sem surpresa, a Sra. Heard não cita nenhuma jurisprudência para apoiar seu argumento de que o serviço do Jurado 15, se ele não for o mesmo indivíduo que o Tribunal designou como Jurado 15, de alguma forma comprometeu seu devido processo e justificaria o remédio drástico de ‘deixar de lado o veredicto e ordenar um novo julgamento’”, escreveram os advogados do ator.

    Não é a primeira vez que a atriz de Aquaman tenta anular o veredicto do julgamento contra Depp. A equipe de Heard afirmou que o ex-marido apresentou argumentos impróprios durante o julgamento e tentou responsabilizá-la pelas acusações de violência doméstica feitas em 2016 — que o ator renunciou a contestá-las no acordo de divórcio. Johnny Depp processou Amber Heard por difamação em função de um editorial que ela escreveu em 2018 para o jornal The Washington Post alegando ter sofrido violência doméstica. Após semanas de uma ferrenha batalha judicial que dominou a mídia, a corte decidiu, em 1º de junho, que Depp havia sido difamado e que Amber Heard deveria pagar a ele 10,35 milhões de dólares. Ela também recebeu do ator 2 milhões de dólares de reconvenção pela alegação de que o advogado dele a difamou.

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