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‘Brasileiro prefere não ver manipulação por algoritmos’, diz pesquisador

Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva, fala a VEJA sobre pesquisa que mostra a relação do brasileiro com essas ferramentas da inteligência artificial

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 jul 2021, 17h06
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  • Uma reveladora pesquisa da empresa de dados Locomotiva, realizada com exclusividade para VEJA e publicada na nova edição da revista, mostra a relação conflituosa do brasileiro com os algoritmos. Utilização mais disseminada da inteligência artificial, essa tecnologia é responsável por funções cotidianas como filtrar o que chega até o usuário de uma rede social ou um serviço de streaming, até aplicações em áreas como a saúde e a segurança pública.

    No estudo realizado entre 24 e 27 de junho de 2021, com 2006 adultos em 143 cidades do Brasil, notou-se que o brasileiro gosta das praticidades provenientes dos algoritmos. A maioria acredita que, dos sistemas de recomendações de serviços como Spotify e Netflix até as indicações do Google, essas ferramentas encontram opções melhores do que as que eles escolheriam – 9 a cada 10 se dizem satisfeitos com a inovação. Ao mesmo tempo, porém, revela-se uma preocupação em relação à manipulação feita pelos algoritmos – 63% dos entrevistados acreditam que foram influenciados por eles. O medo da exposição de dados pessoais também assusta: 85% se dizem receosos com isso. ´Também é curioso o dado de que 71% dos entrevistados acreditam que as pessoas vivem em bolhas criadas pelos algoritmos nas redes sociais – fenômeno que tem acentuado a polarização política –, enquanto apenas 30% admitem fazer parte de uma bolha.

    Sócio e presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, 43 anos, fala sobre o resultado do estudo:

    A pesquisa mostra o brasileiro dividido entre as facilidades e os temores causados pelos algoritmos. O que achou desse resultado? O brasileiro prefere não ver que é manipulado. Ele não percebe que troca liberdade de escolha por conveniência. Afinal, é conveniente não saber. Conforme as perguntas eram feitas, os entrevistados admitiam que a inteligência artificial é como o cara que te ajuda, mas tem segundas intenções.

    Esse resultado surpreendeu? O grau inicial de não-reflexão sobre o tema me surpreendeu. Foi só na segunda parte das perguntas, sobre manipulação, vazamento de dados e bolhas nas redes sociais, que as pessoas acenderam um sinal vermelho. É uma batalha de titãs. De um lado está a busca por conveniência, pois o tempo é um ativo importante na nossa sociedade. Do outro, a briga por privacidade, o medo da manipulação e o fato de que existem empresas que controlam seus dados. Hoje, é impossível saber quem vai ganhar. Por enquanto, a conveniência está ganhando.

    Quanto do processo de fazer uma pesquisa como essa hoje lança mão de inteligência artificial? Boa pergunta: não usa. Por ser um processo aleatório, seguimos um método estatístico e não artificial. Toda análise envolve um processo algoritmo. Porém, quando temos um viés racionalizado, que cabe interpretação humana, os algoritmos não participam disso.

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