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Ben Affleck inova (e exagera) com herói autista em ‘O Contador’

Personagem vai de interessante gênio da matemática até fortão que daria medo ao Rambo

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 out 2016, 18h57 - Publicado em 20 out 2016, 09h02

Parte do espectro do autismo, a Síndrome de Asperger é apontada como uma estranha responsável pela genialidade de alguns de seus portadores. Em O Contador, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, nomes como  Isaac Newton e Lewis Carroll são exemplos famosos que, acredita-se, sofriam com a doença. No filme, Christian Wolff, personagem de Ben Affleck, reforça a lista de gênios que possuem o distúrbio, mas extrapola ao beirar a força e agilidade de um super-herói — ou de um Rambo.

Apesar do exagero, a produção segue um ritmo interessante de narrativa, enquanto constrói um intrincado quebra-cabeça em que quatro histórias se afetam.

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A trama começa com uma elaborada sequência de um assassinato em série. A câmera segue uma mão armada, testemunha de quase uma dezena de mortes provocadas por apenas um homem. Sem revelar identidades da violenta cena, o filme pula para o passado, em 1989, quando um casal escuta conselhos de um especialista em doenças mentais. No outro cômodo, um jovem Christian (interpretado por Seth Lee) se move para frente e para trás enquanto tenta completar um quebra-cabeça. O pai do menino (Robert C. Treveiler) desaprova o tratamento da casa de recuperação zen. Para ele, um militar veterano, o garoto precisa aprender a viver no mundo real. O homem então educa o filho com rigor, ensina diferentes lutas e a arte de usar uma arma.

A edição traz o espectador de volta para o tempo atual para apresentar o personagem do ótimo J.K. Simmons, um agente que chantageia uma jovem analista (Cynthia Addai-Robinson). Ele exige que ela descubra quem é o contador, um indivíduo de terno que aparece em diversas fotos ao lado de perigosos chefes de organizações criminosas do mundo. Acredita-se que o misterioso homem seja o responsável pela lavagem de dinheiro e contabilidade de tais grupos.

Só depois da longa introdução, Affleck aparece pela primeira vez, oficialmente, bem vestido e com feições robóticas, fazendo a contabilidade de um casal de idosos de uma pequena cidade. Por fim, o vilão Brax (Jon Bernthal) surge charmoso e armado para criar a quarta linha da história.

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As tramas se desenvolvem paralelamente e passam a se conectar quando entra na história Anna Kendrick. A atriz dá vida a uma divertida e brilhante jovem que faz parte da contabilidade de uma grande empresa de robótica. Ela encontra um desvio de dinheiro, Wollf é chamado para encontrar o vazamento.

Affleck é admirável na pele do homem que luta contra os sintomas da doença. E surpreende quando revela suas camadas, entre elas a genialidade para a matemática e uma inacreditável força física. Alguns momentos são risíveis, outros são genuinamente divertidos ou intensos.

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Pena que no final, o diretor Gavin O’Connor mastiga com detalhes a resolução da trama, sem deixar uma margem de imaginação ao espectador. Lição que Hollywood teima em não aprender.

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