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Artista que ficou nu no MAM enfim quebra silêncio

Wagner Schwartz participou do programa 'Conversa com Bial', em que comentou sobre críticas à performance apresentada no museu

Por Redação
Atualizado em 11 abr 2018, 17h12 - Publicado em 11 abr 2018, 09h26
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  • O artista plástico Wagner Schwartz quebrou o silêncio sobre a sua performance no Museu de Arte Moderna (MAM) em setembro do ano passado, em que ficava nu, enquanto os visitantes tocavam o seu corpo. A imagem de uma menina de 7 anos, que estava no local acompanhada da mãe, tocando o tornozelo do artista, viralizou nas redes sociais e impulsionou uma avalanche de críticas contra Schwartz.

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    “Na realidade, manipularam a informação a partir de 30 segundos da performance e pegaram apenas a parte que a criança me tocou, e com a mãe”, afirmou o artista no programa Conversa com Bial, que foi ao ar na terça-feira. “Me atacaram, disseram que eu era um pedófilo e que o museu estava incitando à pedofilia, o que para mim era um absurdo. Então, eu nessa época, não sabia como lidar com isso. ”

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    Schwartz afirmou que registrou 150 ameaças de morte na delegacia durante o período em que recebeu críticas de diversos grupos nas redes sociais. Hoje, ele ainda sente medo ao sair público: “Saio sempre acompanhado. Ainda não me permiti ser tão livre de novo nas ruas, o que é para mim uma tristeza muito grande”, revelou. 

    A performance apresentada no museu é uma referência à série Bichos, da mineira Lygia Clark, com objetos feitos de metais articulados, que permitem a manipulação do público. A escultura pode ser apenas vista pelo visitante da mostra, mas é na interação que ela se desdobra em significados.

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    Em La Bête, Wagner se coloca, desnudo, sobre um tablado, para que as pessoas se aproximem, observem e, é claro, interajam com ele. A conexão entre Schwartz e a obra é explicitada pela presença de uma réplica de um dos “bichos” de Lygia. A performance aconteceu apenas uma vez no MAM em sessão fechada para convidados, e na sala onde ocorreu havia placas informando  sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez.

    “Quem geralmente pede uma classificação indicativa para exposições são pessoas que geralmente não vão ao museu. Existem placas dizendo: este trabalho contém cenas de nudismo, este trabalho contém cenas de violência ou a música é muito alta. Isso já existe. Só não existe a censura”, defendeu Schwartz. 

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    O artista plástico declarou que não se arrepende do que apresentou no MAM e afirmou:  “Faria a performance de novo. É o que ainda estou tomando coragem para fazer no Brasil. ”

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