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Arnaldo Jabor critica diretores que tratam atores ‘como abajur’

Diretor de 'A Suprema Felicidade' diz que que não acredita 'nesse negócio de preparação de elenco': 'Se não construir junto, não tem graça'

Por Rafael Lemos
28 set 2010, 21h14
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  • ‘Tem diretor que tem ciúme do ator, que não quer que ele brilhe demais. É um absurdo’

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    O que o público verá nas telas em A Suprema Felicidade, no Festival do Rio ou a partir de 29 de outubro no circuito comercial, é resultado de um estilo de cinema à moda antiga. Quando decidiu fazer o filme, o diretor Arnaldo Jabor resolveu estabelecer um contato mais próximo com o elenco e com todas as fases da produção.

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    “Eu não falei: ‘Chama os atores que vou fazer o meu filme’. Não é assim. O filme é feito com a experiência concreta que a gente tem. A Mariana é a Mariana. Tenho que trabalhar com ela, com o Jayme (Matarazzo). Se não construir junto, não tem graça”, diz Jabor, acrescentando não acreditar “nesse negócio de preparação de elenco”.

    Mariana Lima, Arnaldo Jabor e Jayme Matarazzo
    Mariana Lima, Arnaldo Jabor e Jayme Matarazzo (VEJA)

    “O ator é tudo. Tem muito diretor que acha que o ator é um objeto de cena, como um abajur. Tem diretor que tem ciúme do ator, que não quer que ele brilhe demais. É um absurdo”, concluiu durante a entrevista coletiva sobre seu filme, que ele já definiu como o seu Amarcord.

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    Trabalho coletivo – Essa proximidade levou a uma interação com os atores que transformou o filme. Bastou uma observação do ator Dan Stulbach, que interpretou o pai do protagonista Paulinho, para mudar o roteiro substancialmente. Depois de ler o texto, ele estranhou que seu personagem já começasse a história frustrado, sem motivo. “Eu falei: ‘É claro que não pode ser assim’. Aí, reescrevi o roteiro, acrescentando todo o surgimento do personagem até o momento em que ele começa a cair”, lembra o diretor.

    Os atores presentes à entrevista também chamaram a atenção para o tratamento que receberam de Jabor durante a realização do filme. “Tivemos uma oportunidade rara de não sermos terceirizados. Tínhamos apoio da produção, mas estávamos lado a lado com o Jabor. Não havia preparador de elenco. Ficamos mais próximos. Assim, foi muito mais fácil saber o que ele queria e ajudá-lo a compor aquelas cenas”, destacou Mariana Lima, intérprete da dona de casa Sofia, mãe do menino Paulinho.

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    “Esse contato que a gente teve com o Jabor o tempo todo foi essencial para todo mundo. Pudemos basear nossas pesquisas em cima do que ele falava”, disse Jayme Matarazzo. “É uma época que eu não vivi. Foi legal vê-lo transportando a gente para esse universo”, completou.

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