Arlindo Cruz: polícia considera massagista culpado por vazar foto
Delegada responsável pelo caso concluiu investigação nesta segunda-feira. Acusado poderá ficar em detenção entre três meses e um ano por crime de difamação
A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu que o massoterapeuta Ivan Gaspar de Albuquerque, de 50 anos, foi responsável por divulgar imagens do cantor Arlindo Cruz, internado inconsciente há sete meses na Casa de Saúde São José, zona sul da cidade. O cantor foi hospitalizado depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, no dia 17 de março. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Maria Aparecida Mallet, Ivan responderá por crime de difamação e poderá ser detido por um período entre três meses e um ano.
Na imagem veiculada, Arlindo aparece desacordado, utilizando uma fralda. A família do cantor prestou queixa no 6° Departamento de Polícia, na última segunda-feira. A Casa de Saúde São José, localizada no Humaitá, cedeu imagens das câmeras de segurança para a investigação, além de registros de entrada e saída do quarto de Arlindo. A polícia ainda ouviu testemunhas do local.
Identificado, o massoterapeuta confessou que tirou uma selfie com Arlindo. Mas disse à polícia ter enviado a imagem para um vizinho da mãe por engano, um homem chamado Lorival, a quem atribui a edição e a propagação da foto. “Ouvimos Lorival, um senhor de idade, que confirmou ter recebido uma selfie de Ivan, cujo fundo era Arlindo deitado com as partes íntimas à mostra em uma fralda”, explicou a delegada a VEJA.
O vizinho, que possui 58 anos, explicou, no entanto, que ficou constrangido com a imagem e a deletou. A delegada deu, nesta segunda-feira, o caso como encerrado e concluiu que foi o próprio massoterapeuta quem divulgou a foto editada, com seu rosto cortado da imagem.
De acordo com Maria Aparecida, os resultados da investigação serão encaminhados ao Ministério Público e o massoterapeuta responderá por crime de difamação: “Todos temos uma imagem pública e torna-se crime de difamação qualquer pessoa que seja submetida a um estado vexatório”, concluiu.