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Angelina Jolie peca por excesso de vaidade em ‘À Beira Mar’

Atriz e diretora quase acerta no pretensioso drama que estrela ao lado do marido, Brad Pitt

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 dez 2015, 07h51
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  • Ambiciosa é uma palavra que descreve bem Angelina Jolie Pitt. A atriz, cineasta, roteirista, embaixadora da ONU e mãe de seis filhos gosta de agregar funções ao mesmo tempo em que se torna notícia por motivos inesperados, como quando ela se submeteu a duas cirurgias preventivas: uma dupla mastectomia e a retirada dos ovários. De uma maneira poética e por vezes estranha, o pacote Angelina descrito acima é dissecado em seu terceiro filme como diretora, À Beira Mar, que chega nesta quinta-feira aos cinemas brasileiros.

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    Escrito, dirigido e protagonizado por ela, o filme é uma feira de vaidades. Com o marido Brad Pitt como par romântico, Angelina cria uma personagem difícil de gostar, inspirada parcialmente em sua mãe e nela mesma. O desejo pela família e o casamento perfeito quica como um dos motivadores do melodrama, que também traz a atriz em sua primeira cena nua após a retirada dos seios.

    A produção pretenciosa bebe em fontes consagradas, como os cineastas Jean-Luc Godard e Roberto Rossellini, enquanto Angelina parece tentar encarnar em uma só mulher superlativos de divas como Audrey Hepburn, Sophia Loren e Elizabeth Taylor. A mistura de referências é diluída em um resort no litoral francês, na década de 1970, local onde Vanessa (Angelina) e Roland (Brad Pitt) decidem passar o verão.

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    Há mais de uma década juntos, o casal enfrenta uma crise conjugal e existencial. Ela, uma antiga dançarina que se aposentou pela idade, agora vive mergulhada em uma misteriosa melancolia. Ele, um escritor que já foi bem sucedido, mas passa por um bloqueio criativo que o impede de produzir. A viagem tinha o potencial de trazer a ambos novos ares e inspirações, porém, Vanessa prefere ficar trancada em seu quarto com seus remédios, enquanto Roland fica bêbado no armazém local.

    Entre uma briga e outra, muitas delas travadas apenas por olhares e gestos, Vanessa desenvolve uma obsessão pelos vizinhos recém-casados Lea e François (Mélanie Laurent e Melvil Poupaud), potencializada por um generoso buraco na parede entre os dois quartos do hotel. Começam então longa sessões de voyeurismo, que mais tarde ganham a participação de Roland. O marido vê no desejo da esposa em observar os jovens uma chance de recuperar o seu próprio casamento.

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    O problema é que a partir daí o filme se desenrola em um intenso marasmo e exercício de paciência. As belíssimas cenas e figurinos não são suficientes para manter o interesse no climão entre o quarteto principal. A trilha sonora tenta dizer que algo interessante vai acontecer, mas ela está enganada. A sensação é que a ambiciosa Angelina pecou pelo excesso de vaidade. Fazer um filme niilista é para poucos. E ainda não é para ela.

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