A Agência Nacional do Cinema (Ancine) estabeleceu um limite para a ocupação das salas de cinema por um mesmo filme. A decisão foi tomada a partir de discussões realizadas em uma câmera técnica criada pela entidade com profissionais da indústria cinematográfica. A medida vale para complexos com mais três salas de exibição e, em caráter experimental, entra em voga a partir de 1º de janeiro de 2015 até 31 de dezembro de 2015.
Em local que tenha de três a seis salas, o mesmo filme poderá ser exibido em até duas delas. Nos complexos com sete e oito salas, o filme em questão poderá ser exibido em duas salas por completo, e em metade das sessões em uma terceira.
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No estabelecimento que tenha entre nove e onze salas, uma única produção poderá ocupar até três salas do cinema. E, em complexos de doze a catorze salas, até quatro delas poderão ser ocupadas pelo mesmo filme. Os locais que tenham de quinze a dezoito salas, poderão exibir o mesmo longa em até cinco de suas salas.
A medida foi tomada para frear a massiva exibição de blockbusters no Brasil, como Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1, que estreou em 23 de março, e ocupou cerca de 1.300 salas de cinema do país – praticamente metade das cerca de 2.800 existentes no Brasil, segundo a Ancine. E, O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, que desde 11 de dezembro ocupa 1.037 salas.
A proposta prevê levar as produções a locais do país que não costumam receber os grandes lançamentos. A medida também pretende garantir a diversidade de filmes nas salas brasileiras.
O termo de compromisso já foi assinado por 23 empresas exibidoras e seis distribuidoras brasileiras, entre eles o Cinemark Brasil, a United Cinemas Internacional Brasil (UCI), a Playarte Cinemas e a Paris Filmes.