Os advogados de Johnny Depp ganharam status de celebridade nos últimos dias, depois que o ator venceu a batalha judicial contra a ex-esposa Amber Heard. Em uma entrevista ao Good Morning America nessa quarta-feira, 8, Ben Chew e Camille Vasquez comentaram sobre a vitória nos tribunais e entraram em um terreno polêmico: o impacto da condenação de Amber por difamação no movimento Mee Too.
Questionados pelo apresentador George Stephanopoulos sobre as críticas de que o veredicto teria um “efeito assustador” sobre as vítimas de violência doméstica e que representaria um golpe duro para o Me Too, que incentivou mulheres em Hollywood a denunciarem casos de abuso, os advogados foram categóricos: “Não achamos [que terá impacto negativo]. O veredicto fala por si só. Os fatos são o que são, e o júri tomou uma decisão unânime baseada neles”, opinou Vasquez antes de complementar que “violência doméstica não tem gênero” e que “encorajam todas as vítimas” a denunciar abusos.
O questionamento chega em um momento em que instituições de defesa a vítimas de violência doméstica levantam a preocupação nas redes sociais. Em um pronunciamento feito logo depois do veredicto, Amber se disse desapontada com a decisão do júri não apenas por ela, mas também por uma possível influência sobre outras mulheres. “É um retrocesso. Volta o relógio para um tempo em que mulheres que denunciam [violência doméstica] e se posicionam podem ser humilhadas publicamente”, escreveu ela.
Badalada pela vitória nos tribunais, Vasquez se tornou uma espécie de celebridade na internet após confrontar Amber Heard no tribunal, conquistando uma visibilidade inédita na carreira. O impacto do julgamento foi tanto que a advogada ganhou uma promoção generosa na empresa Brown Rudnick, sendo promovida ao posto de sócia. Em um comunicado nas redes sociais, o escritório disse que reservou esse anúncio para o final do ano fiscal, mas que o desempenho de Camille durante o julgamento de Johnny Depp “provou ao mundo que ela estava pronta para dar o próximo passo agora.”