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A vida (polêmica) e a carreira (de sucesso) de Liz Taylor

Um dos maiores ícones da história do cinema morreu nesta 4ª feira nos EUA

Por Da Redação
23 mar 2011, 12h50

Elizabeth Taylor, um dos maiores ícones da história de Hollywood, morreu nesta quarta-feira aos 79 anos em Los Angeles, após um vida intensa entregue ao cinema, às paixões e às joias, e marcada por uma fragilizada saúde. A rainha de Hollywood, de beleza tão estonteante quanto seus incríveis olhos violetas, ficou tão famosa pelo relacionamento tempestuoso com o ator britânico Richard Burton e seus oito casamentos como pelo ótimo desempenho de atriz, que lhe rendeu dois Oscars.

Elizabeth Rosemond Taylor nasceu em 27 de fevereiro de 1932 em Hampstead, Londres, filha de pais americanos, mas sete anos depois se mudou com a família para a Califórnia (EUA). Iniciando uma carreira precoce, estreou no cinema aos 10 anos, em There’s One Born Every Minute. Em dois anos, tornou-se uma estrela infantil em A Mocidade é Assim Mesmo.

Confira a lista de trabalhos de Liz Taylor no cinema e na televisão

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Oscars – Depois chegaria Quatro Destinos (1949) e, já nos anos 1950, títulos como Assim Caminha a Humanidade (1956), no qual contracenou com Rock Hudson e James Dean, A Árvore da Vida (1957,) com seu amigo Montgomery Clift, e Gata em Teto de Zinco Quente (1958), com Paul Newman. Pelos dois últimos filmes, recebeu suas primeiras indicações ao Oscar. A terceira chegou com De Repente no Último Verão (1959), um ano antes de começar sua década de glória, quando foi coroada graças a filmes como Cleópatra, no qual chegou a cobrar 1 milhão de dólares, o maior salário da história da época.

Ao longo dos 69 anos de carreira, foi premiada duas vezes com o Oscar de Melhor Atriz, por Disque Butterfield 8 (1960) e Quem Tem Medo de Virginia Woolf (1966), considerada sua melhor atuação. Sua vida teve tanto drama quanto seus quase 50 papéis no cinema e despertou muito interesse do público, que sempre acompanhou os detalhes de sua vida amorosa e da batalha contra o vício em álcool e remédios.

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A vocação artística veio da mãe, que foi atriz de teatro, enquanto de seu pai herdou o amor pela arte. Durante toda a vida, reuniu uma grande coleção de suntuosas joias, entre as quais se destaca um diamante de 33,19 quilates que pertenceu à mulher de um colaborador dos nazistas, e outro que foi da mulher favorita do imperador indiano Shah-Jahan, em cuja memória mandou construir o célebre Taj Mahal.

Casamentos – Temperamental, carismática e rebelde, casou-se oito vezes, duas delas com Richard Burton, e teve quatro filhos, que lhe deram dez netos e quatro bisnetos. Casou-se com Burton a primeira vez nos anos 60, e ficaram juntos por mais de 10 anos – um recorde para ela. Ele chegou a dizer que seus famosos olhos cor de violeta eram “tão sexy que equivaliam a pornografia”.

Mas Burton, a quem se referia como sua “alma gêmea”, foi apenas seu quinto (e sexto) marido. O primeiro foi o playboy Nicky Hilton, com quem se casou em 1950, aos 18 anos, e teve uma relação tumultuada que terminou com agressões físicas e verbais, após uma lua de mel de três meses na Europa. Dois anos depois, se uniu ao ídolo britânico Michael Wilding, 19 anos mais velho. Eles tiveram dois filhos, Michael Jr. e Christopher, e se separaram dois anos depois.

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Poucos dias após o segundo divórcio, o produtor Michael Todd, de 49 anos, a pediu em casamento. Ele foi o primeiro grande amor da estrela, com quem teve uma filha, Elizabeth Frances, em agosto de 1957. Mas sete meses depois, Todd morreu em um acidente de avião. Devastada, a agora viúva foi ao funeral do marido com o melhor amigo dele, o cantor Eddie Fisher, cuja mulher Debbie Reynolds ficou na Califórnia para cuidar dos filhos da atriz. Foi quando sua fama de “destruidora de lares” ganhou força: Fisher abandonou Debbie para ficar com Liz, e os dois se casaram em 1959.

E ela ainda estava com o cantor na época em que começou a rodar Cleópatra, em 1962, onde contracenava com Richard Burton, que também era casado. “Elizabeth olha para você com aqueles olhos, e seu sangue se agita”, declarou o ator certa vez. O caso dos dois começou ainda durante as filmagens a agitou as colunas de fofoca. Dois anos depois, ambos já haviam terminado seus relacionamentos e se casaram. Foi a união mais longa de Liz Taylor, mais de 10 anos: em 1974, eles se divorciaram, e voltaram a se casar em outubro de 1975, voltando a se separar dez meses depois. Antes de morrer, em 1984, Burton comentou: “Nós nunca nos separamos realmente, e nunca iremos”.

Liz voltou a se casar com o senador John Warner, de 1976 a 1982. Em 1991, assombrou o mundo com o oitavo marido: Larry Fortensky, de 40 anos, um operário da construção civil que conheceu na clínica de desintoxicação. O casamento durou três anos. Em abril de 2010, o boato de que a diva havia se casado pela nona vez, com Jason Winters, empresário de Janet Jackson, se espalhou por Hollywood, mas a atriz negou tudo.

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Declínio – A partir dos anos 1970 teve início sua queda gradual, causada em grande parte por seus sérios problemas de saúde, um fardo que teve que carregar durante toda sua carreira, apesar de seu último filme ter sido apenas em 1994, Os Flintstones. Elizabeth Taylor, que foi nomeada Dama Oficial da Ordem do Império Britânico pela rainha da Inglaterra em 2000, passou pela sala de cirurgia pelo menos 30 vezes, e não por razões estéticas.

Dores nas costas, pescoço, pernas, diversas fraturas, um tumor benigno no cérebro e um tratamento contra câncer de pele foram alguns dos obstáculos que teve de enfrentar. A atriz, que também se submeteu a internações para desintoxicação de álcool e pílulas, reconheceu que se viu à beira da morte em várias ocasiões, especialmente por pneumonia e por uma arritmia cardíaca.

E foi exatamente o problema no coração que a levou à morte na manhã desta quarta-feira, após dois meses internada no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles. Nos últimos anos, já havia reduzido muito suas aparições públicas – que sempre fazia de cadeira de rodas para amenizar a intensa fadiga causada por uma Insuficiência Cardíaca Congestiva, que dificulta o bombeamento do sangue pelo coração para o corpo -, mas manteve sua atividade como líder de campanhas contra a aids.

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Contudo, a discrição não a impediu de comparecer ao funeral do amigo e cantor Michael Jackson, em 2009, período no qual começou a usar um perfil no Twitter para expressar reflexões sobre o rei do pop e manter informados os fãs sobre seus problemas de saúde. “Meu corpo é um desastre”, declarou à revista W, em 2004, época em que fez questão de destacar que não temia a morte. “Mas há uma certa resistência em mim que faz com que contine lutando”, salientou.

Vivia praticamente sozinha em sua mansão do exclusivo bairro de Bel Air, em Los Angeles. “Aprendi a estar sozinha. Estar sem alguém não significa estar sozinha. Tenho grandes amigos, filhos e netos. E muitas recordações maravilhosas.”

(Com agências EFE e France-Presse)

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