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Orgulho: homens apaixonados são tema de exibição em museu de Genebra

Coleção foi inspirada por livro publicado em 2020

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 jun 2023, 15h41
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  • Há duas décadas, o americano Hugh Nini e seu marido, Neal Treadwell, começaram a guardar fotos antigas de demonstração de afeto entre homens. Agora, a coleção já conta com milhares de ítens e alguns deles estão expostos, desde a última quinta-feira, 8, no Museu Rath, em Genebra, na Suíça

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    Tudo começou quando eles encontraram, em um brechó, uma foto antiga de dois homens que estavam visivelmente apaixonados um pelo outro. Eles, como gays, se viram naquele casal e decidiram levar o registro para casa. Depois disso, passaram a recolher fotos parecidas que continham demonstrações de carinho – fosse entre amigos, irmãos ou namorados.

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    O que começou com um hobby logo se transformou em uma quase obsessão e eles passaram a procurar, não apenas em mercados de pulgas, como chamam os americanos, mas em caixas e pastas antigas, arquivos de família e até leilões online. Quando a coleção somava mais de 2700 fotos, eles as publicaram em um livro chamado de Loving – amando, em português – que foi publicado em 2020 e se tornou um sucesso de vendas. 

    Em uma das fotos da exibição dois homens seguram um cartaz em que se lê
    Em uma das fotos da exibição dois homens seguram um cartaz em que se lê “não casado, mas disposto a ser” (Musée d’Art et d’Histoire’s/Divulgação)

    “Datada de 1850 a 1950, esta coleção cruza a história da fotografia com uma mensagem de amor e ternura”, diz o site da exibição. A exibição temporária recebeu o mesmo nome do livro e ficará exposta no Museu de Arte e História do Rath até 23 de setembro. 

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    Os autores ressaltam que muitas das fotos em exibição foram feitas quando o amor entre dois homens, ou até simples demonstrações de afeto, eram considerados atos criminosos ou mal vistos e, grande parte do mundo. Apesar disso, os amantes ousaram fazer esses registros, alguns deles mantidos intocados dentro de armários ou livros. 

    É impossível saber se os instantâneos e os retratos foram tirados para a lembrança própria ou para o testemunho das gerações futuras, mas em ambos os casos, são uma bonita lembrança de que amar foi – e continua sendo – um verdadeiro ato revolucionário.

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    Mês do Orgulho

    Junho é considerado o mês do orgulho LGBTQIA+. Isso acontece nessa época do ano para lembrar um marco da luta pelos direitos dessa população. Nesse mês, em 1969, policiais fizeram uma batida no Stonewall Inn em Nova Iorque, um dos mais frequentados por gays, lésbicas e transexuais. As investidas eram frequentes, e serviam para pedir proprina aos proprietários e amedrontar os frequentadores.

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    Os policiais agrediram e detiveram clientes e funcionários que estavam no local, mas eles resistiram e um conflito se instalou entre frequentadores e autoridades, o que culminou em um incêndio no local. A revolta gerou protestou que durou dias nas proximidades de Stonewall e, a partir dessas organizações, surgiram os primeiros movimentos de luta pelos direitos dessas populações nos Estados Unidos.

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    Para celebrar as conquistar e exigir mais direitos, acontece em São Paulo, a Parada do Orgulho LGBT+, uma das maiores do mundo. A 27ª edição desse evento acontecerá no próximo domingo, 11, e tem como tema Politicas sociais para LGBT+: queremos por inteiro, e não pela metade”. O evento manifesta o compromisso com a luta contra a discriminação e contará com a diversas atrações culturais, entre elas Pabllo Vittar, Daniela Mecury, Urias, Thiago Pantaleão e a vencedora do Queen of the Universe, Grag Queen.

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