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Joe Biden assina lei que transforma linchamento em crime federal

Legislação recebe o nome de Emmett Till, adolescente negro morto de forma brutal que se tornou símbolo da luta pelos direitos civis

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 mar 2022, 18h57 - Publicado em 29 mar 2022, 18h57

Em 1955, Emmett Louis Till, jovem negro de apenas 14 anos, foi brutalmente linchado depois de supostamente ter assobiado para uma mulher branca em uma loja. Sequestrado por parentes da moça, ele foi sequestrado e espancado e seu corpo foi encontrado apenas dias depois. A mãe de Till exigiu que o caixão do filho permanecesse aberto durante o velório para mostrar seu rosto desfigurado. O caso chamou a atenção do mundo e o jovem se tornou um símbolo da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.

Agora, uma nova legislação assinada nesta terça-feira, 29, pelo presidente Joe Biden transforma o linchamento em um crime federal – e leva o nome de Emmett Till como forma de homenageá-lo e fazer justiça. Afinal, na época os agressores foram inocentados e, anos mais tarde, Carolyn Bryant, que fez a acusação original, admitiu que havia mentido em entrevista para um livro sobre o tema.

“Esta lei não é apenas sobre o passado, mas sobre o presente e também o nosso futuro”, afirmou Biden. De acordo com a nova legislação, o linchamento, que o presidente chamou de “uma arma tipicamente americana de terror racial”, passa a ser considerado crime de ódio e a punição pode chegar a 30 anos de prisão.

“Das balas nas costas de Ahmaud Arbery a inúmeros outros atos de violência, inúmeras vítimas conhecidas e desconhecidas, o mesmo ódio racial que levou a multidão a pendurar uma corda trouxe aquela multidão carregando tochas dos campos de Charlottesville apenas alguns anos. atrás”, afirmou Biden. “O ódio racial não é um problema antigo. É um problema persistente”.

Tentativas de transformar o linchamento, uma herança do passado colonial racista dos Estados Unidos, em crime federal são feitas há mais de 100 anos, mas nunca haviam se transformado em lei. Dessa vez, a proposta foi aprovada de forma unânime no senado, no início de março, e finalmente recebeu a assinatura do presidente.

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