O cantor Ney Matogrosso compartilhou em junho uma imagem da celebração dos 5 anos de Maria Helena, pequena menina de Belém do Pará. Ao fundo, um painel ilustrava o artista caracterizado como nos vídeos de O Vira, uma de suas performances mais famosas. A garota sorridente em destaque chamou a atenção dos internautas pela escolha de um tema tão “adulto” para sua festa de aniversário.
Sonia Rabetto, produtora cultural de 37 anos, conta ao #VirouViral que a pequena não entende por que estão estranhando tanto sua opção. “Ela não tem muita noção do que ou até mesmo de quem é o Ney, é só um cantor de que gosta e escolheu de tema de aniversário, como foi nos anos anteriores”, explica Sonia, ao se referir ao papel do cantor na contracultura e na quebra de costumes – tema bem longe do universo infantil.
E não, a menina não saltou de Ursinhos Carinhosos para o icônico vocalista da banda Secos e Molhados: em outro ano, o tema de seu aniversário foi a banda de rock Kiss.
No Twitter, a história se espalhou a partir da publicação do cantor Ney, que , por sua vez, soube da história após registro de página do seu fã-clube. Muitas pessoas desferiram críticas à família. “Sério?? Vocês querem me fazer acreditar que uma menina de CINCO anos de idade sabe quem é Ney Matogrosso??”, tuitou um usuário.
A mãe não se deixa abalar: “Procuramos criar a Maria Helena estimulando todo o lado lúdico, criativo, dando liberdade para que ela possa escolher as coisas. E realmente, tirando o fato de ouvirmos em casa, foi uma escolha dela”. A presença desse fator cênico, com bastante maquiagem e figurinos exóticos, parece ser um ponto comum entre os favoritos de Maria, que aprecia especialmente o trabalho de Ney no grupo Secos e Molhados, sucesso dos anos 70. Sonia completa: “Acho que a diferença da minha filha é que ela teve acesso à banda, ela cresceu escutando isso”.
O padrinho de Maria Helena, o artista plástico Neto Robatto, foi responsável pelas artes expostas na festa. Preocupado com a ausência de uma decoração que satisfizesse as expectativas da sobrinha, ele não se ateve à reproduzir perfeitamente as referências ao cantor, mas sim a desenhá-las de forma que a menina reconhecesse o ídolo: “Não foi nenhuma grande produção, tudo bem caseiro mesmo, mas ela está feliz e acho que é isso que importa”, finalizou Sonia.
VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
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