‘Uma Mulher Fantástica’: emoção contida, mas intensa
Filme chileno que estreou na quinta-feira (7) tem roteiro - merecidamente - premiado no Festival de Berlim
(Una Mujer Fantástica, Chile/Espanha/Alemanha/Estados Unidos, 2017) Devastada pela perda do namorado, Orlando (Francisco Reyes), Marina tem de enfrentar não apenas o luto, mas a dificuldade em vivê-lo como necessita: uma jovem transgênero, ela se torna alvo da hostilidade da ex-mulher de Orlando e do filho adulto dele, e é objeto de suspeitas humilhantes também da polícia — embora um aneurisma tenha sido a causa fatal. Durante todo o processo, Marina, interpretada com profundidade notável pela atriz transgênero Daniela Vega, tenta encontrar um novo eixo (e é a própria Daniela quem canta a ária Sposa Son Disprezzata). Com roteiro merecidamente premiado em Berlim, o filme do diretor chileno Sebastián Lelio é de uma emoção contida, mas intensa.