Viradouro, Vila e Grande Rio saem na frente pelo título
Mocidade, Mangueira e Salgueiro apelam para emoção popular
Se no domingo, 11, a onça comeu a lua com a Grande Rio, na segunda-feira, 12, a onça provou o puro suco do caju com a brasilidade da Mocidade independente. Além da Grande Rio, a disputa pelo título do Carnaval de 2024 deve ficar entre Vila Isabel e Viradouro. A primeira escola apresentou um enredo sobre o misticismo da onça segundo as lendas indígenas. Já a Vila reeditou o samba “Gbala”, de 1993, agora pelas mãos do inventivo carnavalesco Paulo Barros. E a Viradouro encerrou a segunda noite de desfiles com enredo sobre as lendas da cobra na cultura africana.
Por fora correm Mangueira, pelo desfile emotivo sobre Alcione; e Salgueiro, com as lendas do povo Yanomami. Na ponta de baixo da tabela, a Porto da Pedra corre risco de voltar para o grupo de acesso, também chamado de Série Ouro, pela quantidade de falhas na evolução. Assim como Paraíso do Tuiuti e Unidos da Tijuca, que não renderam o esperado em seus desfiles. Já a Mocidade, que veio apresentando o samba mais ouvido antes do carnaval, fez um desfile leve e vibrante, ainda que cheio de falhas em evolução, o que deve deixá-la fora do sábado das campeãs ou no máximo beliscar uma honrosa sexta posição.
A Portela não encantou, devido ao samba fraco e a problemas graves no acabamento de suas alegorias. Apontada como uma das favoritas, a Imperatriz Leopoldinense, que encerrou a primeira noite de desfiles, também deve ter o seu lugar garantido entre as seis. Não será surpresa se a Beija-Flor abocanhar uma dessas posições, apesar do desfile mediano e de difícil leitura. A apuração acontece nesta quarta-feira, na parte da tarde, e logo em seguida a coluna Gente vai realizar um programa ao vivo para comentar os resultados.